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Brasil A lei não obriga o patrão a liberar funcionários em jogos do Brasil: empresas usam o Mundial para integrar equipe, mas excessos podem acabar em demissão

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A concessão adotada pela maioria das empresas é um acordo comum entre trabalhadores e empregadores, em que é necessário estabelecer como e se as horas não trabalhadas serão compensadas. (Foto: Reprodução)

Por lei, nenhuma empresa tem obrigação de liberar os seus funcionários para assitirem aos jogos do Brasil no Mundial.  A concessão adotada pela maioria das empresas é um acordo comum entre trabalhadores e empregadores, em que é necessário estabelecer como e se as horas não trabalhadas serão compensadas. E, excessos podem acabar em demissão.

“Não há previsão legal sobre os dias de competição. O que a maioria das empresas faz é liberar o funcionário e compensar as horas depois”, afirmou o advogado trabalhista Paulo Eduardo da Silva Mueller. Há empresas que optam por não exigir reposição dos dias. “Se a decisão for não compensar as horas, a companhia não pode descontar do salário. Mas esse acordo precisa ficar bastante claro entre as duas partes para evitar que haja problemas futuros”, destacou Mueller.

Excessos

Quem for assistir aos jogos no ambiente de trabalho deve ficar atento a excessos no comportamento, que podem prejudicar, causar a demissão ou até incriminar funcionários por causa do Mundial. Além de criar situação constrangedora ao ambiente, o consumo de bebidas alcoólicas pode motivar demissão por justa causa – se comprovada a embriaguez e não houver alcoolismo.

Outro ponto delicado é com relação aos “bolões”, quando os funcionários fazem apostas sobre os resultados dos jogos. Por lei, bolão é uma forma de jogo de azar e, portanto, proibida. Tal prática constitui crime e, por isso, não deve ser permitida na empresa.

Integração

Decoração, animação, vuvuzelas e telão. Em todos os jogos do Brasil no Mundial, só não vai ter bebida alcoólica em uma empresa de tecnologia localizada em São Paulo. Menos rígida do que outras companhias do ramo, a empresa tem aproveitado o Mundial para integrar funcionários e suavizar o ambiente de trabalho. “Temos como filosofia valorizar as pessoas, para que todo funcionário se sinta bem. Por isso, quando os jogos do Brasil coincidirem com o expediente, vamos torcer juntos”, disse a gerente de recursos humanos Flávia Parizotto. “Em um ambiente prazeroso, o trabalho rende mais.”

Apesar do quadro predominantemente jovem, Flávia não tem nenhum “manual de comportamento”. “Já temos o hábito de celebrar datas especiais e aniversários. Então, creio que ninguém vá extrapolar nem deixar o trabalho ser prejudicado.”

Pensamento semelhante inspirou Rafael Albuquerque, diretor-executivo de outra empresa de tecnologia.  “Ações como essa, de descontração e integração entre funcionários, já estão no nosso DNA. Por exemplo, todas as sextas-feiras fazemos churrasco. Até acho que, se não tomasse essa iniciativa, os funcionários iriam me cobrar”, brincou.

A primeira reunião da torcida no escritório foi na sexta-feira, no segundo jogo do Brasil. Além de uma mesa com café da manhã, Albuquerque deu um kit torcida para cada um dos 50 funcionários. “Acredito que, além de unir as pessoas, esse tipo de ação estimula a produtividade”, afirmou ele, que vai liberar bebida alcoólica para o próximo jogo do Brasil, que será na quarta-feira (27). “Como o jogo vai acabar umas 17h, a cerveja estará liberada. Obviamente, com moderação, porque estamos em ambiente corporativo”, explicou.

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