Por Redação O Sul | 19 de junho de 2015
A abertura pela Justiça da Espanha de um processo para investigar a transferência do atacante Neymar para o Barcelona, ocorrida em 2013, a pedido do grupo de investidores DIS, acontece ao mesmo tempo em que outros dois craques do futebol, o argentino Lionel Messi e o português Cristiano Ronaldo, têm seus nomes envolvidos em escândalos fiscais (a Justiça mantém acusação a Messi por fraude fiscal de 4 milhões de euros, e a mãe de Cristiano Ronaldo teve 163 mil reais apreendidos em aeroporto espanhol). Por que os melhores jogadores do mundo estão enrolados com o Fisco? A pergunta fica no ar.
A verdade é que Neymar tem muito o que explicar. Juntamente a ele, o processo investiga o Santos, o pai do jogador, o Barcelona e seu presidente, Josep Maria Bartomeu, além de outros dirigente do clube catalão por corrupção e fraude. O grupo detinha 40% dos direitos econômicos do atleta e reclama que o clube catalão omitiu parte do valor envolvido na compra.
A DIS pretende receber 25 milhões de euros (cerca de 87 milhões de reais) das partes envolvidas. Os investidores notificaram os clubes e seus cartolas envolvidos na negociação, além de Neymar e seus representantes, apontando operações que, segundo a DIS, contêm irregularidades.
Os números da venda de Neymar ainda são uma incógnita. Além do valor que foi pago ao Santos (17,1 milhões de euros), o Barcelona admitiu ter gasto ainda 95 milhões de euros com o jogador – antes do início das investigações, o clube dizia que o montante era de 57,1 milhões de euros. A diferença, que é reclamada pela DIS, é justificada pelo clube espanhol como depósitos à empresa N&N, da família de Neymar, por “direito de preferência” na negociação.
