Porto Alegre Porto Alegre ganha mais 60 leitos hospitalares de retaguarda para pacientes de coronavírus
Por Redação O Sul | 19 de abril de 2021
A rede pública de Porto Alegre ganha nesta terça-feira (20) um importante reforço aos serviços de urgência na área da saúde, com a inauguração de 60 leitos de retaguarda no Hospital Vila Nova (Zona Sul). O foco é o atendimento a pacientes de coronavírus em uma enfermaria totalmente equipada e dentro dos melhores padrões.
O evento de entrega está marcado para as 17h, com uma solenidade na Associação Hospitalar Vila Nova (rua Catarino Andreatta nº 155, no bairro Vila Nova), com presença do prefeito Sebastião Melo e do titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Mauro Sparta.
“Esse reforço é muito importante, pois mesmo que estejamos vivendo um momento de estabilização nas internações, não podemos baixar a guarda”, salienta Sparta. “A situação ainda é difícil e temos que nos manter alertas e preparados para cuidar da população.”
Ele acrescenta que o Hospital Vila Nova, totalmente voltado para o Sistema Único de Saúde (SUS), tem sido um importante parceiro na luta contra a pandemia na capital gaúcha.
Além da estrutura própria, a instituição administra o Hospital Restinga e Extremo Sul (onde também está instalado o hospital de campanha do Exército) e participa com equipes médicas na ala criada dentro do Hospital de Pronto Socorro para atendimento a pacientes de covid.
“Como instituição da rede do SUS, o Vila Nova tem que estar permanentemente em busca de melhorias para o atendimento na rede pública, especialmente nestes tempos de pandemia”, reforça o diretor da Associação, Dirceu Dal’Molin.
HPS
Nesta segunda-feira (19), o Hospital de Pronto Socorro (HPS) completou 77 anos de fundação, consolidado como referência máxima do Rio Grande do Sul em casos de trauma. Cerca de 130 mil atendimentos de emergência por ano a instituição localizada na confluência dos bairros Santana e Bom Fim funciona 24 horas por dia, durante toda a semana, no mesmo endereço de sempre, o Largo Teodoro Herzl.
“Ao longo de décadas o HPS foi aprimorando suas instalações e serviços, driblando os limites físicos cada vez mais restritivos e se adaptando a um ritmo sempre mais intenso de emergências”, salientou a prefeitura em texto-homenagem publicado em seu site oficial.
“Para isso, o Hospital conta hoje com cerca de mil servidores, dos quais 317 são médicos e 95 enfermeiros”, detalhou. “Profissionais qualificados para uma missão que exige pronta resposta diante da gravidade de tantos casos que chegam diariamente.”
Nos últimos quatro anos, foram quase meio milhão de pacientes atendidos na emergência, mais de 20 mil internações, pelo menos 10 mil cirurgias e cerca de 1,3 milhão de exames diversos, de laboratoriais a raios x e tomografias.
O custo mensal da instituição que atende gratuitamente pobres ou ricos, de todas as idades, é de R$ 15 milhões, sendo 80% bancados pelos cofres da Prefeitura de Porto Alegre, mesmo com metade dos cerca de 300 atendimentos diários sendo para moradores de outras cidades. O restante dos recursos vem de repasses do SUS, emendas parlamentares e aportes da Fundação dos Amigos do HPS, dentre outras fontes.
Muitas áreas do hospital são consideradas padrão nacional pela qualidade, como a UTI de Queimados (premiada pelo Ministério da Saúde) e a UTI Pediátrica. Na Copa do Mundo de 2014 o HPS foi escolhido pela Fifa como hospital referência para os atendimentos de urgência durante o evento.
A Covid-19 também colocou o HPS no combate à pandemia. Com a diminuição dos casos de trauma por causa da circulação menor de pessoas, a direção entendeu que o hospital poderia destinar parte de suas instalações para reforçar a rede hospitalar da cidade, já sobrecarregada pelo aumento de casos verificados desde janeiro.
Com um intrincado trabalho de reorganização interna, foi criada uma ala específica para casos de Covid-19, destinando dez leitos de UTI e 25 de enfermaria.
(Marcello Campos)
