Por Redação O Sul | 26 de junho de 2024
Em 2023, no mesmo período, foram 8.915 notificações e 6.114 casos confirmados. Os números são parciais e estão sujeitos à revisão
Foto: ReproduçãoPorto Alegre tem 8.310 casos confirmados de dengue em 2024 até o 22 de junho. Do total, 7.805 foram contraídos na cidade (autóctones), 322 são importados (infecção fora da cidade) e 183 têm local de infecção indeterminado.
O total de ocorrências suspeitas notificadas à Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da SMS (Secretaria Municipal de Saúde) soma 34.491 no ano. Em 2023, no mesmo período, foram 8.915 notificações e 6.114 casos confirmados. Os números são parciais e estão sujeitos à revisão.
Nas duas últimas semanas epidemiológicas (24 e 25), foram 278 casos confirmados (214 e 64, respectivamente). Em 2023, no mesmo período, foram 178 casos.
Até o momento, houve nove óbitos por dengue entre moradores de Porto Alegre: sete em pessoas do sexo feminino (um na faixa etária de 21 a 30 anos, cujos sintomas começaram na SE 19; três na faixa etária de 31 a 40 anos, sintomas das SE 11, SE 16 e SE 17; um na faixa etária 50 a 60 anos, sintomas da SE 18; um na faixa etária 70 a 80 anos, sintomas da SE 14; um na faixa etária maior que 80, sintomas da SE17) e dois do sexo masculino, faixa etária de 70 a 80 anos, com sintomas da SE 14, e acima de 80 anos, sintomas da SE 21.
Os dados estão no boletim epidemiológico publicado na terça-feira, 25, pela Diretoria de Vigilância em Saúde da SMS. O levantamento apresenta informações cumulativas até a semana epidemiológica 25 de 2024 (dados até 22 de junho, atualizados na segunda-feira, 24).
A faixa etária dos 21 a 30 anos ainda mantém a maior proporção dos casos confirmados (18,4%), e a maioria dos pacientes são do sexo feminino (53,3%). Os principais sintomas relatados são febre (referida em 7.621 casos, ou 93,8%), seguida por cefaleia (dor de cabeça), em 6.819 casos, e mialgia (dor no corpo), em 6.769 casos confirmados. Em todo este ano, os três sintomas são os prevalentes relatados pelos pacientes, sendo que mialgia e cefaleia se alternam em algumas semanas.
Nas duas semanas, os 278 casos confirmados são de 61 bairros da cidade. Os dados apresentados indicam aumento no número de bairros e na incidência de novos casos, em relação ao boletim divulgado no dia 17.
Cumulativamente, todos os bairros da cidade registraram casos de dengue neste ano, evidenciando a necessidade de manter e reforçar a atuação sobre os reservatórios de mosquitos em cada região.
A equipe de monitoramento das armadilhas está retomando as suas atividades de rotina. Na SE 25, 54,6% das armadilhas foram vistoriadas, com infestação moderada na cidade.
Neste momento, ainda de limpeza de imóveis e descarte de resíduos, com acúmulo de lixo em muitos locais da cidade e ocorrência de chuvas, é importante as pessoas estarem atentas a lixo reciclável/seco, plantas e recipientes expostos às chuvas e ao acúmulo de água.
Também merecem atenção os depósitos fixos, como ralos, caixas d’água não vedadas e piscinas não tratadas, pois são os principais tipos de criadouros responsáveis pelos altos níveis de infestação de mosquitos em todas as regiões com casos de dengue na cidade.
O Boletim Epidemiológico é uma publicação prevista no Plano de Contingência da Dengue, Zika e Chikungunya da SMS.
Vacina
A Secretaria Municipal de Saúde vai manter a oferta da vacina Qdenga, contra dengue, para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos (14 anos, 11 meses, 29 dias). A medida atende a diretrizes da Secretaria Estadual da Saúde, com base no prazo de validade do lote de vacinas recebido para aplicação, que é 1º de julho de 2025.
Recentemente, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação da faixa etária para os municípios que receberam lotes com vencimento para julho deste ano. A intenção é não haver perda de vacinas.
Em Porto Alegre, as vacinas contra a dengue estão disponíveis em todas as unidades de saúde, sendo que 16 atuam em turno estendido. Há oferta do imunobiológico, também, nas unidades que atendem a Operação Inverno, aos sábados e domingos.
