Terça-feira, 10 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 6 de março de 2021
Passageiros que voarem indiretamente para Portugal do Reino Unido ou do Brasil precisam apresentar um teste negativo para Covid-19 realizado 72 horas antes da viagem e terão que ficar em quarentena por duas semanas depois da chegada a partir deste domingo (7), disse o Ministério do Interior do País.
A medida tem o objetivo de fechar uma brecha que permitiu que viajantes do Reino Unido e do Brasil chegassem a Portugal fazendo escala em um país em que a viagem era autorizada. Voos comerciais ou privados diretos para e do Reino Unido e Brasil foram proibidos desde janeiro para limitar a disseminação das variantes da Covid-19.
Voos humanitários e de repatriação diretos ainda serão autorizados, mas os passageiros precisam apresentar teste negativo para a Covid-19 realizado 72 horas antes da viagem e fazer quarentena por 14 dias. As medidas serão revisadas em 16 de março.
Coronavírus
Desde o início da pandemia, Portugal regista 809.412 casos confirmados de Covid-19. Nesse sábado (6) foram contabilizados mais 1.007 contágios, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado.
No entanto, o número diário de vítimas mortais do novo coronavírus continua a cair. Entre sexta (5) e esse sábado foram registados mais 26 óbitos, a maioria dos quais na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), elevando o total para 16.512 desde o início de março do ano passado.
O país se saiu melhor do que outras nações europeias na primeira onda da pandemia, entre março e abril do ano passado, mas 2021 trouxe um aumento devastador de infecções e mortes durante a segunda onda, em parte atribuídas à rápida disseminação de variantes do vírus e ao relaxamento das restrições durante o Natal.
Diante da gravidade inédita, o governo decidiu decretar nova quarentena em 15 de janeiro, mas manteve as escolas abertas. A medida foi muito criticada, porque liberou a circulação diária de mais de dois milhões de pessoas. Uma semana depois, o primeiro-ministro António Costa voltou atrás e encerrou as atividades letivas presenciais.
As restrições valem até 16 de março, mas o governo português já se manifestou no sentido de mantê-las por mais tempo, com um relaxamento esperado apenas para depois da Páscoa. Apesar de diversos setores estarem pressionando pela antecipação da retomada das atividades comerciais, o discurso oficial tem sido de que ainda é cedo para voltar à normalidade.
“Seria uma ilusão pensar que controlamos tudo, que podemos voltar a partir, por exemplo, para um desconfinamento com níveis tão elevados de casos como os que temos hoje”, afirmou a ministra da Saúde em entrevista à agência Lusa.