Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 2 de fevereiro de 2018
A candidatura do apresentador Luciano Huck ao Planalto depende hoje exclusivamente dele. Dirigentes do PPS dizem que o cenário ideal está colocado. O ex-presidente Lula está a um passo de ficar fora da disputa; o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), indica que não vai concorrer ao Planalto; o governador Geraldo Alckmin não decolou; as pesquisas animam e os movimentos políticos para construir uma base de apoio para Huck no Congresso começam a se concretizar com integrantes do Agora! e do Livres entrando no PPS para brigar por vagas na Câmara e Senado.
O apresentador desembarca no Brasil no início da próxima semana quando vai retomar as conversas sobre sua participação na campanha. Se não for candidato, promete usar sua influência para ajudar a eleger candidatos do seu grupo ao Congresso.
A aliança eleitoral pró-Huck começou a se viabilizar em Mato Grosso. Marco Aurélio Marrafon, do Agora!, ingressou no PPS e vai disputar vaga de deputado federal.
Valdir Adão Macagnan, do Livres, também se filiou ao PPS de MT ontem. O presidente da sigla, Roberto Freire, diz que esse movimento vai se repetir em todo o País. “A efervescência tende a crescer por conta do Huck.”
Casamento no papel
O acordo entre PPS e Agora! será selado em carta a ser divulgada nos próximos dias na qual se comprometerão a agir de forma conjunta para “enfrentar os desafios que buscamos superar na política”.
Outro apresentador
O presidente Michel Temer não tinha ideia que seu gesto de dar R$ 50 ao apresentador Silvio Santos daria tanta repercussão negativa. Aliados culparam o presidente de não ter sabido conduzir a brincadeira.
Bolsonaro em campanha
O presidenciável e deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) escolheu a quinta-feira – o segundo consecutivo marcado por tiroteios na Cidade de Deus, comunidade pobre na zona oeste carioca – para uma visita-surpresa à UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) local. Desconsiderando o clima tenso na região, onde os confrontos entre policiais e criminosos voltaram a causar a interrupção do tráfego na Linha Amarela, o pré-candidato a presidente confraternizou e posou para fotos com os PMs. Os policiais militares são, tradicionalmente, parte expressiva do eleitorado do parlamentar, capitão da reserva do Exército.
“Não ouvi nenhum tiro”, disse o deputado. “Foi tranquilo. Eles me receberam muito bem. Fui dar o meu apoio. Aqui no Brasil, a polícia não tem autoridade, é muito diferente da Europa, por exemplo. Aqui, ela é escanteada, acusada, trabalha em péssimas condições.”
De acordo com a sua equipe, Bolsonaro voltava de um compromisso em Bento Ribeiro, na zona norte, e “parou para ver o que estava acontecendo” na Cidade de Deus, por volta das 11h. Poucas horas antes, um tiroteio na Linha Amarela, próximo à Cidade de Deus, havia fechado a via.
Ao chegar à UPP, Bolsonaro foi saudado por policiais militares ao estilo militar, com continências. Alguns agentes o chamaram de “chefe”. Em fotos que circularam nas redes sociais, o presidenciável aparece ao lado de PMs que portavam fuzis, dentro da base. O parlamentar também circulou pela parte da favela que fica perto da base da PM. Ali, tirou fotos ao lado de carros blindados da corporação, conhecidos como caveirões. Também conversou com alguns moradores. A visita durou cerca de 20 minutos.