Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 18 de março de 2023
O preço médio do litro da gasolina nos postos do País registrou queda na última semana, a primeira desde o retorno da cobrança de impostos. É o que mostra dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados na sexta-feira (17). A pesquisa é referente à semana de 12 a 18 de março.
A gasolina comum foi comercializada em média a R$ 5,54 o litro. O valor representa um recuo de 0,53% frente aos R$ 5,57 da semana anterior, segundo os dados da ANP. O maior preço encontrado nos postos foi de R$ 7,19, em São Paulo. Já a mais barata foi achada em Diadema, também em território paulista, a R$ 4,47 por litro.
No entanto, a queda não compensa o repasse dos impostos. Desde a semana que antecedeu à reoneração tributária, o preço da gasolina acumula alta de R$ 0,46 por litro, ou 9%, nos postos do Brasil. Para se ter ideia, o mercado esperava que o valor do litro do combustível aumentasse R$ 0,26 após a volta dos impostos.
O litro do etanol também caiu: foi de R$ 3,96 para R$ 3,94. A queda no preço do combustível foi de 0,50%. O valor mais caro encontrado pela agência na semana foi de R$ 6,57.
O preço médio do diesel acompanhou o movimento de queda: foi de R$ 5,91 para R$ 5,90. O recuo no valor do litro do diesel foi de 0,16%. O preço mais alto identificado pela ANP foi de R$ 7,69 na mesma semana.
Contexto
A queda no preço médio da gasolina ocorre após três semanas consecutivas de alta — e menos de 20 dias após a volta de impostos federais sobre gasolina e etanol, que passou a valer em 1º de março. Naquela mesma semana, a gasolina teve alta de 3,34%.
Inicialmente, o tema causou um impasse entre as alas política e econômica do governo. Os ministros Fernando Haddad (PT), da Fazenda, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, explicaram no dia 28 de fevereiro a volta dos impostos federais. Os aumentos, segundo Haddad, foram de R$ 0,47 para a gasolina e R$ 0,02 para o etanol.
O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, informou que a reoneração parcial dos impostos vale por quatro meses, até junho. Ela só será mantida no segundo semestre caso o Congresso decida converter a medida provisória em lei.
Na ocasião, Haddad disse que os impactos nas bombas seriam menores, já que a Petrobras havia anunciado a redução nos preços de gasolina e diesel para as distribuidoras.
“Estamos com um objetivo claro, que é recompor o orçamento público”, afirmou o ministro.
Ainda segundo Haddad, com a redução da gasolina em R$ 0,13 o litro pela Petrobras, o impacto final a ser sentido pelo consumidor seria de R$ 0,34 para a gasolina.