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| Prefeitura de Nova York vai multar bares e restaurantes que colocarem bebidas em copos de isopor

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Dificuldade em reciclar o material é uma das principais razões para Nova York banir o material. Foto: Reprodução

Nova York, nos Estados Unidos,  se juntou às cidades que declararam guerra contra as embalagens, pratos e copos de isopor, material que é tão atraente para os negócios quanto tóxico ao meio ambiente. Desde o dia 1º de julho os estabelecimentos estão proibidos de  vender, oferecer ou possuir qualquer produto feito de isopor na metrópole americana. Empresas e comerciantes têm seis meses para se adaptar. Depois desse prazo, as empresas serão multadas.

“Produtos feitos de isopor causam um grande prejuízo ao meio ambiente e não há mais lugar para eles em Nova York”, disse o prefeito da cidade, Bill de Blasio.  Mas por que o isopor está sob fogo cerrado? Aliás, de que exatamente é formado o material? Por que não é possível reciclá-lo? Confira alguns detalhes sobre um dos maiores inimigos dos ambientalistas.

O que é isopor?
Comercializado nos Estado Unidos com o nome de Styrofoam, o isopor foi inventado pelo cientista da empresa Dow Chemical Otis Ray McIntire em 1941. Para fazê-lo, pequenas quantidades do polímero poliestireno são misturadas com produtos químicos para se expandiram 50 vezes do seu tamanho original. Após o resfriamento, essa massa é então colocada em moldes – seja de um copo ou de uma embalagem – e passa por um novo processo para expandi-la ainda mais, até que o molde seja totalmente preenchido e as contas se fundirem. O produto final é leve, barato – 95% de sua composição é ar. Suas propriedades isolantes e seu custo barato tornaram o isopor uma escolha atraente nos negócios.

Por que ele é tão prejudicial ao meio ambiente?
Há uma estimativa de que apenas nos Estados Unidos 25 bilhões de copos de café de isopor são jogados no lixo em um ano – para efeito de comparação, 100 bilhões de sacolas plásticas são descartadas anualmente. Em 2006, por exemplo, 135 toneladas de produtos de isopor foram despejadas em lixões em Hong Kong – menos de 5% de todo o lixo plástico descartado no país.

Mas mesmo o isopor representando uma parcela pequena do lixo, ambientalistas afirmam que o problema ganha outras dimensões quando ele chega no mar. Segundo Douglas McCauley, professor de biologia marinha da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara (EUA), há dois problemas causados pelo isopor para os animais marinhos, um químico e o outro, mecânico. “O mecânico é bem fácil de se ver. Encontramos espuma de isopor no intestino de animais – e isso pode ser letal”, alerta.

Já o aspecto químico tem a ver com a propriedade absorvente do material. “O isopor age como uma pequena esponja poluente, capturando todos os compostos que mais contaminam o oceano. E então um animal engole isso, pensando ser uma água-viva.
E isso não é perigoso apenas para os seres marinhos e para o oceano como um todo. Pode também ser prejudicial para os humanos. É preocupante que um peixe que ingeriu tudo isso acabe nas nossas mesas”, afirma.

Por que não é possível reciclá-lo?
A dificuldade em reciclar o material é uma das principais razões para Nova York banir o material. Kathryn Garcia, responsável pelo sistema sanitário da cidade, afirmou: “Ninguém conseguiu até agora provar que seja possível reciclá-lo em larga escala, e tampouco há mercado para isso.”

Inovação no Brasil 

Em Curitiba (PR), já é possível reciclar o isopor – uma máquina para desempenhar esse trabalho já funciona na usina de reciclagem de Campo Magro, na região metropolitana da capital paranaense.

Isso significa que, ao contrário do que muitos pensam, o isopor pode e deve ser descarta­­do com outros resíduos sólidos como papéis, vidros, metais e plásticos. “O isopor na verdade é um plástico, e por isso é 100% reaproveitado”, explica o gerente de desenvolvimento e mercado da Meiwa, a fabricante do equipamento, Ivam Mi­­chalt­chuk.

A máquina recicla cerca de 300 toneladas por mês, quantidade que ajuda a salvar cerca de 5 mil árvores. “A matéria-prima [resultante do processo]  substitui a madeira ao ser usada para fazer molduras para quadros, sancas, rodapés, réguas e brinquedos”, diz Michaltchuk. O material reciclado também é usado como insumo para concreto leve e solado plástico para calçados. Só não pode ser reaproveitado para embalar alimentos.

O material pode ser reciclado de três formas. A reciclagem mecânica transforma o produto em matéria prima para a fabricação de novos produtos. A energética usa o poliestireno para a recuperação de energia, devido ao seu alto poder calorífico. Já a reciclagem química reutiliza o plástico para a fabricação de óleos e gases. O material também tem sido utilizado no isolamento térmico de edifícios. Ao ser queimado em usinas térmicas para a geração de energia, o poliestireno se transforma em gás carbônico e vapor d’água. Por isso, sua fabricação não apresenta nenhum risco à saúde humana nem ao meio ambiente.  (AG e Agências)

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