Sexta-feira, 21 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de outubro de 2015
Preocupações com o Brasil e outros países emergentes marcaram a reunião anual do FMI (Fundo Monetário Internacional), que terminou no domingo, em Lima, no Peru. A economia brasileira, que deve ter uma das maiores recessões entre os principais mercados mundiais, foi destaque negativo nos relatórios apresentados durante o encontro e nas reuniões das autoridades e analistas presentes em Lima.
Na reunião de primavera do FMI, realizada em abril em Washington (EUA), havia a expectativa de que o ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fosse avançar e o Brasil fosse retomar o crescimento em 2016. Seis meses depois, no encontro anual do Fundo, o tom foi mais de preocupação com a crise política e com a maior recessão em 25 anos no País, prevista para continuar em 2016, quando o Produto Interno Bruto deve encolher 1%. Em abril, o FMI projetava que o Brasil fosse crescer 1% no ano que vem.
América Latina
Na capital peruana, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, colocou o Brasil ao lado de Venezuela e Equador como os países que estão impedindo que a economia da América Latina cresça mais, enquanto Chile, Peru, México e Colômbia foram citados como mercados que fizeram reformas e agora crescem mais, todos eles com expansão prevista de ao menos 2% este ano.
A piora do Brasil foi mencionada por autoridades estrangeiras nas plenárias do FMI. O secretário do Tesouro dos EUA, Jacob Lew, destacou a instabilidade da economia brasileira. (AE)