Por Redação O Sul | 2 de março de 2016
Os celulares e as contas nas redes sociais da jornalista e publicitária Mônica Moura estão ativos e entraram no radar da Operação Lava-Jato. A força-tarefa já sabe que um aplicativo de mensagem instantânea da esposa do marqueteiro João Santana, que comandou as campanhas eleitorais da presidenta Dilma Rousseff (2010 e 2014) e do ex-presidente Lula (2006), ficou ativo por mais de 24 horas depois de o casal se entregar à PF (Polícia Federal).
Os equipamentos do casal não foram entregues aos policiais na semana passada, quando eles se apresentaram à PF. Os dois chegaram a ser revistados em uma sala reservada no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), mas os policiais não encontraram dispositivo com eles.
A PF informou num dos relatórios da prisão de Santana e Mônica que os equipamentos estariam com os advogados dos publicitários e, segundo os policiais, não foram entregues. Os advogados do casal negam.
O primeiro indício de que o celular continuou a ser usado apareceu no WhatsApp de Mônica. O aplicativo ficou ativo pelo menos até as 12h30min da quarta-feira posterior à prisão. Ainda não se sabe quem operou o aparelho. Os investigadores dizem que não há crime em manuseá-lo, mas tentam saber quem esteve utilizando o telefone a partir do momento em que Mônica foi presa.
Além do aplicativo de mensagens, ao menos uma rede social da publicitária também está ativa. Nesse fim de semana, alguém entrou no perfil de Mônica no Instagram, aplicativo de postagem de fotos, e excluiu jornalistas ligados à cobertura da Lava-Jato. Outro perfis também teriam sido bloqueados.
