Quinta-feira, 06 de março de 2025
Por Redação O Sul | 5 de julho de 2024
O presidente da Argentina, Javier Milei, virá ao Brasil neste final de semana, pela primeira vez desde que tomou posse. Ele não se encontrará com o atual mandatário do País, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas tem jantar previsto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A viagem acontece após críticas diretas ao presidente Lula e de o chefe de Estado argentino cancelar participação na cúpula do Mercosul, em Assunção, no Paraguai, marcada para esta segunda-feira (8).
O porta-voz do governo da Argentina, Manuel Adorni, classificou as reuniões do presidente Javier Milei com o governador de Santa Catarina, Jorginho Melo (PL), e com empresários do estado como “prioritárias” em relação a um encontro bilateral com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Adorni foi questionado por qual motivo a primeira visita de Milei ao Brasil não seria um encontro bilateral com Lula.
“Em princípio, porque o presidente vai ter como prioridade outras reuniões, como a que se encontrará com o governador de Santa Catarina e outra com empresários, o que é relevante para nós em virtude do desenvolvimento econômico do estado de Santa Catarina”, disse o porta-voz.
Milei vai participar da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, neste domingo. O evento prevê palestras de políticos de direita e extrema-direita, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o governo catarinense, Jorginho Mello convidou pessoalmente Milei, em sua posse no cargo, para visitar o estado e afirmou a ele que os vizinhos já fazem parte da realidade catarinense, em especial como turistas durante a temporada de verão.
“A Argentina é o único país que faz fronteira com o estado. Na área econômica, o país é o terceiro maior parceiro comercial de SC, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. O governador é um entusiasta do fortalecimento dessas parcerias comerciais nessa retomada econômica que vive a Argentina”, informou a assessoria de comunicação do governo.
Milei rejeitou a ajuda do Itamaraty e vai contar com auxílio direto do governo de Santa Catarina, que vai oferecer dois carros e escolta policial ao chefe de Estado. O governo confirma o apoio logístico e de segurança, mas afirma que por questões de segurança, é padrão da Polícia Militar de SC e da Casa Militar do Governo do Estado não divulgar número de viaturas e nem de profissionais atuando em qualquer operação de Segurança Pública.