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Notícias Presidente da Câmara dos Deputados e governo tentam esticar a crise até o próximo ano

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Governo e oposição deram sinais nos últimos dias de que a manutenção da crise política até 2016 pode ser um bom negócio para os dois lados. Em uma espécie de pacto de não agressão, ambos trabalham para ganhar tempo e agir com segurança antes de chegar ao desfecho de crise política.

Cinco assuntos dominam a disputa política: a rejeição das contas do governo pelo TCU (Tribunal de Contas da União); a ação de impugnação da chapa liderada pela presidenta Dilma Rousseff no TSE (Tribunal Superior Eleitoral); o impeachment; o rompimento do PMDB; e o caso Eduardo Cunha.

“Nem mesmo a oposição quer que o TSE decida logo sobre a cassação da Dilma”, considera o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). “Os oposicionistas sabem que se ela sair nesse momento e for convocada uma eleição, o ex-presidente Lula ainda é o favorito.” Um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) fez análise similar sobre o caso. “Parece que nem o PSDB nem o PT querem que o pedido de impugnação seja julgado logo. Nenhum dos lados tem feito pressão”, disse.

A rejeição das contas do governo em função do uso de pedaladas fiscais também ficará para o ano que vem graças ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O senador estipulou um prazo de 45 dias para o governo fazer sua defesa antes de encaminhar o caso para a Comissão de Orçamento.

“Caso Cunha”

Entre os principais agentes políticos, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, oposição a Dilma, é o mais imprevisível, apesar de ter melhorado sua relação com setores do governo e ter recebido apoio do ex-presidente Lula para se defender.

Cunha se move de acordo com o aumento das investigações da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre seu envolvimento na Lava-Jato. Em julho, o peemedebista anunciou seu “rompimento pessoal com governo” após um dos delatores afirmar que ele lhe pediu 5 milhões de dólares de propina.

Ao longo deste segundo semestre, ameaçou abrir um processo de impeachment contra a presidente, mas voltou atrás após a conversa com o ex-presidente Lula e, principalmente, com a mudança no comando da Casa Civil, quando Aloizio Mercadante cedeu seu lugar a Jaques Wagner.

Cunha tem negado qualquer tipo de acordo com o governo. Porém, já admitiu que sua relação com o Planalto melhorou. Apesar disso, ele afirmou que decidirá sobre a abertura do impeachment. “Pretendo tomar minha decisão em novembro”, disse, sem precisar uma data específica. (AE)

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