Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de novembro de 2015
Irritado com a movimentação de Leonardo Picciani (PMDB-RJ) para substituí-lo no comando da Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), iniciou articulação para enfraquecer o correligionário. Cunha também pretende criar novos problemas para projetos do governo, já que o Planalto simpatiza com Picciani e deu sinal verde para que ele articule sua candidatura, mas não quer se envolver diretamente no processo.
Cunha quer inviabilizar a recondução de Picciani à liderança da bancada do PMDB em fevereiro, o que sepultaria as chances do correligionário vir a sucedê-lo. E ameaça vingar-se do Planalto, postergando a votação de projetos como a desvinculação de receitas da União.
Em encontro com o vice-presidente Michel Temer, Cunha manifestou irritação com a tentativa de Picciani de costurar apoios ao seu nome em partidos da base aliada, como PP e PR, no momento em que se discute a cassação do mandato do presidente da Câmara dos Deputados no Conselho de Ética.
Em retaliação ao movimento, Cunha começou a trabalhar para desidratar o apoio ao nome de Picciani na bancada do PMDB na Casa e fortalecer a candidatura do deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG). Para o presidente da Casa, a movimentação em torno de sua sucessão tem a digital da presidenta Dilma Rousseff, que se reuniu na quarta-feira (04) com Picciani e Jorge Picciani, pai do peemedebista e presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, no Palácio do Planalto. (Folhapress)