Quarta-feira, 15 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 7 de novembro de 2015
Um dos personagens centrais nas maquinações políticas de Brasília, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu falar sobre as acusações de corrupção e lavagem de dinheiro, que têm como evidências contas na Suíça que até agora ele negou.
Em entrevista ao Jornal da Globo, Cunha admitiu as contas, mas disse que ele não as controlava, e que o dinheiro nelas veio de negócios dele no exterior. Investigadores continuam duvidando da versão do deputado.
O parlamentar apresentou também os principais argumentos que usará para tentar convencer os integrantes do Conselho de Ética que não tem nenhuma conta no exterior em nome dele.
Ele refutou a acusação de corrupção e lavagem de dinheiro e admitiu que chegou a acumular um patrimônio jamais declarado ao Banco Central e à Receita Federal, no exterior, mas alegou que tudo foi fruto de transações lícitas de comércio internacional e aplicações em bolsas estrangeiras, antes de iniciar sua carreira política.
Cunha disse que, posteriormente, abriu mão da titularidade desse patrimônio, tornando-se apenas seu beneficiário. E que essa experiência com exportação começou na década de 1980, quando ele diz que passou a vender produtos brasileiros na África.