Sexta-feira, 09 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 26 de setembro de 2015
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a defender na sexta-feira que seu partido rompa com o governo da presidenta Dilma Rousseff. Ele é contra a indicação de nomes da sigla para a reforma ministerial que vem sendo negociada desde a semana passada.
“Só não vou participar [das conversas sobre reforma] como eu não quero que o PMDB participe”, disse, após deixar evento do grupo Lide, em Goiânia (GO). “A minha posição é muito clara, pública. Eu defendo que o PMDB saia do governo”, concluiu.
Cunha lembrou que já foi convocado, para novembro, um congresso para definir o futuro do partido. “Acho até que deveríamos fazer uma convenção nacional.”
Apesar de manter sua fala oposicionista, Cunha aumentou o número de conversas com a presidenta nos últimos dias. Na segunda-feira, os dois se falaram por telefone. Dilma o consultou sobre a reforma ministerial. Cunha considerou o gesto da presidenta “uma gentileza”.
Oficialmente, os líderes das bancadas do PMDB, Eunício Oliveira (Senado) e Leonardo Picciani (Câmara), foram escalados para tratar da reforma com Dilma. Nos bastidores, no entanto, toda a cúpula tem influenciado nas escolhas. Dois indicados por Picciani para o Ministério da Saúde são aliados de Cunha: Celso Pansera (RJ) e Manoel Júnior (PB). Até agora, Dilma ofereceu cinco pastas para o partido: duas para a Câmara, duas para o Senado e uma para o vice-presidente. As negociações, porém, emperraram por divergências entre os peemedebistas.