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Por Redação O Sul | 29 de julho de 2015
A nova fase da Operação Lava-Jato, que avançou sobre o setor elétrico, pode entrar nos radares da CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados. O presidente da Comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), afirmou, na tarde de quarta-feira, que estuda a possibilidade de incluir as recentes denúncias na investigação parlamentar. O principal alvo da operação é a Eletronuclear.
“Esse é um questionamento que tenho feito aos técnicos. Estou com uma equipe estudando. O nosso campo de investigação é nos casos inerentes à Petrobras”, afirmou Motta.
A 16ª fase da Lava-Jato foi deflagrada na terça-feira. O foco das apurações são contratos firmados por empresas envolvidas na investigação com a Eletronuclear, as obras da usina nuclear Angra 3, no Rio de Janeiro, e os pagamentos de propina a funcionários da estatal.
O presidente licenciado da Eletronuclear – uma subsidiária da Eletrobras –, o almirante reformado Othon Luiz Pinheiro da Silva, e o executivo da Andrade Gutierrez, Flávio David Barra, foram presos pela PF (Polícia Federal). Há suspeita de que Othon recebeu 4,5 milhões de reais em propina por contratos de Angra 3.
As investigações da PF encontraram comprovantes de pagamentos das empreiteiras Andrade Gutierrez e Engevix a uma empresa do almirante, efetuados no período de 2009 e 2014. Ele assumiu a presidência da Eletronuclear em 2005, quando o PMDB passou a controlar o Ministério de Minas e Energia, e conduziu as negociações que permitiram a retomada das obras de Angra 3, em 2009. (Folhapress)