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Mundo Ucrânia “moderou” exigência de adesão do país à Otan e pode negociar territórios

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Zelesnky se disse disposto a chegar a um "compromisso" sobre o status de territórios separatistas. (Foto: Reprodução/Twitter)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que não insiste mais na adesão do país à Otan, uma das questões utilizadas pela Rússia para invadir o território, e, em outro aparente gesto de abertura às demandas de Moscou, Zelensky afirma que está disposto a chegar a um “compromisso” sobre o status dos territórios separatistas no leste da Ucrânia, cuja independência foi reconhecida unilateralmente pelo presidente russo Vladimir Putin pouco antes de lançar o guerra em fevereiro, em entrevista transmitida pelo canal americano ABC.

“Em relação à Otan, moderei a minha posição sobre esta questão há algum tempo, quando entendemos” que a Aliança Atlântica “não está pronta para aceitar a Ucrânia”, disse ele.

“A Aliança tem medo de qualquer controvérsia e de um confronto com a Rússia”, lamentou. Zelensky acrescentou que não quer ser presidente de um “país que implora de joelhos” para ingressar na organização.

A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e está em guerra nesta ex-república soviética, está exigindo garantias de que Kiev nunca ingressará na Otan, uma aliança transatlântica criada para proteger a Europa da ameaça da União Soviética no início da Guerra Fria.

Pouco antes da invasão, o presidente Putin reconheceu duas “repúblicas” separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia que estavam em guerra com Kiev desde 2014. Agora ele está exigindo que a Ucrânia também reconheça sua independência.

Sobre esta questão, o presidente Zelensky disse à ABC que está aberto ao diálogo.

“Estou falando de garantias de segurança. Acho que quando se trata desses territórios temporariamente ocupados que só foram reconhecidos pela Rússia podemos discutir e chegar a um compromisso sobre o futuro desses territórios”, ele explicou.

“O importante para mim é como vão viver as pessoas que estão nesses territórios e que querem fazer parte da Ucrânia”, acrescentou, considerando que a questão é “mais complexa do que simplesmente reconhecê-los”.

“Este é outro ultimato e nós rejeitamos os ultimatos. O que é necessário é que o presidente Putin inicie um debate, inicie um diálogo, em vez de viver em uma bolha”, disse ele.

Ultimato do Kremlin

Na entrevista, Zelensky respondeu ao Kremlin que não aceita seu “ultimato” para frear a invasão e pediu ao presidente russo, Vladimir Putin, que saia de sua “bolha” e permita o “diálogo”.

Para o ucraniano, “o que Putin deve fazer é iniciar o diálogo em vez de viver em uma bolha de informação sem oxigênio”.

“Ele está em uma bolha recebendo informações e não sabemos se as informações que dão a ele são realistas”, explicou.

Quando perguntado sobre a recusa da Otan e dos Estados Unidos em impor uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, Zelensky reiterou que é necessário derrubar mísseis russos para “preservar vidas” de civis, já que, segundo observou, há bombardeios contra universidades e hospitais.

“Tenho certeza de que os bravos soldados americanos derrubariam (os mísseis russos) que são lançados contra os estudantes. Tenho certeza de que eles não hesitariam em fazê-lo”, comentou.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, reforçou, durante uma visita à Letônia, que nem seu país nem a Otan apoiarão uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, pois isso implicaria fazer da Aliança “parte” do conflito.

A posição assumida pela Otan é enviar armas aos ucranianos para se defenderem do ataque russo, mas não mobilizará soldados ou aviões na Ucrânia, país que não faz parte da Aliança Atlântica.

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