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Mundo Donald Trump diz que os Estados Unidos não precisam da China e pede que empresas americanas deixem aquele país

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Trump ordenou que empresas americanas encontrem alternativas à China. (Foto: Tia Dufour/White House)

O presidente Donald Trump declarou que as empresas americanas “têm ordens” para começar a procurar por alternativas a fazer negócios com a China, depois que Pequim anunciou que imporia tarifas sobre mais US$ 75 bilhões (R$ 303,2 bi) em produtos importados dos Estados Unidos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

“Nosso país perdeu, estupidamente, trilhões de dólares com a China ao longo de muitos anos”, Trump escreveu em uma série de tuítes. “Eles roubaram nossa propriedade intelectual à razão de centenas de bilhões de dólares por ano, e desejam continuar. Não vou permitir que isso aconteça! Não precisamos da China e, francamente, estaríamos muito melhor sem ela”.

Os comentários de Trump vieram em resposta ao plano anunciado pela China na sexta-feira (23) para impor tarifas de 5% e 10% sobre quase todos os produtos importados americanos até agora isentos de tributos, entre os quais veículos e autopeças, em retaliação pelas medidas dos Estados Unidos para impor tarifas punitivas sobre US$ 300 bilhões (R$ 1, 1 trilhão) adicionais em produtos chineses.

O presidente exigiu que as empresas dos Estados Unidos “comecem imediatamente a procurar por uma alternativa à China, o que inclui trazer suas empresas para casa e fabricar seus produtos nos Estados Unidos”.

A escalada aguda no prolongado conflito comercial entre os dois países surge semanas depois que Trump anunciou a imposição de novas tarifas sobre bens chineses e que Pequim prometeu retaliar. As novas tarifas chinesas sobre bens americanos entrarão em vigor em 1º de setembro e 15 de dezembro, o que coincide com as duas próximas rodadas de tarifas americanas sobre produtos chineses. As tarifas chinesas sobre produtos automotivos americanos vigorarão a partir de 15 de dezembro.

Trump também disse que requereria que as empresas de navegação bloqueassem embarques de fentanil da China e de outras origens. O presidente culpou Pequim por não implementar um compromisso assumido em estágio anterior das negociações comerciais para restringir o envio aos Estados Unidos do produto analgésico, que é viciante e pode ser letal.

Os itens sobre os quais a China planeja impor tarifas incluem produtos agrícolas, roupas, produtos químicos e têxteis.

Algumas grandes montadoras de automóveis serão pesadamente afetadas pelo aumento nas tarifas, especialmente a Tesla e a Ford Motor, e a BMW e Mercedes-Benz, da Alemanha. Essas empresas montam número significativo de veículos nos Estados Unidos para exportação à China — especialmente modelos de alto preço — e uma tarifa mais alta poderia forçá-las a aumentar preços.

No total, as montadoras exportaram cerca de 230,1 mil carros montados nos Estados Unidos para a China, no ano passado, de acordo com a LMC Automotive, que acompanha estatísticas do mercado automotivo.

Jerome Powell, o chairman do Fed (Federal Reserve), o banco central dos Estados Unidos, ofereceu seu alerta mais vigoroso sobre os riscos que a política comercial do governo causa. “Temos muita experiência em lidar com desdobramentos macroeconômicos típicos”, sob a estrutura decisória do Fed, ele disse em discurso, “mas a incerteza quanto à política comercial submete essa estrutura é um novo desafio”.

Peter Navarro, o assessor de comércio internacional da Casa Branca, minimizou o impacto econômico mais amplo, em entrevista à rede de notícias Fox Business Network.

“O risco para a China nesse caso, quando faz coisas como essa, é simplesmente o de galvanizar ainda mais o apoio” ao presidente Trump nos Estados Unidos, disse Navarro, acrescentando que US$ 75 bilhões “não é algo que preocupe o mercado de ações”, diante de uma economia com Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 21 trilhões como a dos Estados Unidos.

As ações americanas estavam em queda na manhã de sexta-feira.

Uma porta-voz de Robert Lighthizer, o representante do governo americano para assuntos de comércio internacional, não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre as tarifas.

“Todo mundo sabia que isso viria, e é por isso que deveríamos ter entrado nessa briga com aliados e uma estratégia discernível, em lugar de permitir que os trabalhadores e consumidores dos Estados Unidos arquem com o grosso do peso da errática guerra comercial de Donald Trump”, disse o senador Ron Wyden, do Oregon, líder da bancada democrata no Comitê de Finanças do Senado. “Enquanto isso, o mercado chinês está mais fechado que nunca a produtos americanos”.

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