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Geral Presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro se afasta do cargo em meio a sindicância sobre assédio sexual

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A Polícia Civil do Rio já indiciou o cirurgião ortopedista Clóvis Bersot Munhoz. (Foto: Divulgação)

O cirurgião ortopedista Clóvis Bersot Munhoz, presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), anunciou a conselheiros da entidade que decidiu se afastar do cargo. Munhoz responde, desde julho do ano passado, a uma sindicância que apura um episódio de assédio sexual contra uma técnica de enfermagem. A Polícia Civil do Rio já indiciou o médico pela mesma situação, também abordada na Justiça do Trabalho.

A sindicância, aberta pelo próprio Cremerj, foi conduzida internamente e enviada em janeiro ao Conselho Federal de Medicina. A expectativa é que, caso seja transformado num procedimento disciplinar, o trâmite seja conduzido por um colegiado de outro estado, considerado isento na avaliação da conduta do médico.

No lugar dele, ficará o vice Guilherme Nadais, que é urologista. Aos pares, Munhoz informou que está assumindo uma vaga de trabalho numa consultoria e alegou que precisará se deslocar com frequência a São Paulo. Ele já havia feito movimento semelhante no ano passado e ficou 88 dias fora, retornando em novembro. Desta vez, não relacionou a nova saída à apuração sobre o assédio.

A profissional que o acusa tem 26 anos e afirma ter ouvido frases como: “Se você quer trair o seu marido, basta ligar para mim” e uma sugestão sobre beijá-la no pescoço.

Processo trabalhista

Conforme o processo trabalhista, a técnica de enfermagem foi admitida no Glória D’Or em 1º de abril de 2020. Segundo o documento, em 6 de junho de 2021, ela foi designada para auxiliar Munhoz em uma cirurgia. Ao entrar no centro cirúrgico, de acordo com o relato da profissional, o médico, após cumprimentar a equipe, se dirigiu até ela, colocou a mão em seu pescoço e disse: “Você é muito quente”. Em seguida, teria indagado se a técnica era casada, e ela teria respondido que sim.

O médico, também na versão da denunciante, prosseguiu dizendo: “Se você quer trair o seu marido, pode ligar para mim”. Depois, segundo o processo, ele segurou a técnica pelo braço e afirmou: “Você não pode sair de perto de mim. Como você é quente. Se eu beijar o seu pescoço, você vai gozar rápido”.

No processo trabalhista, é relatado que a jovem saiu da sala de cirurgia para pegar uma medicação pedida pela anestesista, aproveitando para contar o que ocorrera à enfermeira de plantão. No retorno à sala, ouviu o médico contar à equipe sobre o lado pessoal da vida sexual dele. O cirurgião teria perguntado à técnica se ela “já tinha tido múltiplos orgasmos”, mas ela não respondeu.

Ao terminar a cirurgia, de pequeno porte, a denunciante foi para a sala da enfermeira de plantão. E, conforme o processo, ouviu o acusado dizer que, se mudasse de ideia e quisesse trair o seu marido, ela teria “todos os dias pela manhã”, pois trabalha à tarde.

De acordo com o documento, a técnica contou o caso a seu marido, que fez uma pesquisa sobre o médico. Ficou sabendo que se tratava de um renomado e ortopedista, e que trabalhou no clube Vasco da Gama. “Diante da sua fama, (a denunciante) resolveu, em um primeiro momento, não o denunciar, pois ficou com muito medo de represálias, mas se negaria a entrar para realizar qualquer procedimento com o referido médico”, destaca um trecho do processo.

No dia 7 de julho de 2021, segundo a denúncia, foi agendada outra cirurgia com o médico, em que a técnica deveria auxiliá-lo. Ela teria informado à enfermeira de plantão que não participaria do procedimento. E, em seguida, procurado a enfermeira chefe do centro cirúrgico, sendo orientada a fazer um comunicado por escrito no site da Rede D’Or, o que foi feito no dia 8 de julho. No dia seguinte, ela foi à Deam de Caxias fazer o registro da ocorrência. As informações são do jornal O Globo.

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