Quarta-feira, 19 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de fevereiro de 2016
Em um dos seis inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal) que apuram seu envolvimento com a Lava Jato, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é investigado por ter solicitado ao dono da UTC, Ricardo Pessoa, 1,5 milhão de reais.
O dinheiro seria para financiar a campanha política de seu filho, Renan, ao governo de Alagoas. As doações foram repassadas ao diretório do PMDB em Alagoas. O senador teria pedido a verba ao empresário em razão da contratação do consórcio para execução da obra da usina nuclear Angra 3. O caso foi apontado por Pessoa em delação premiada.
Pela contratação, disse o delator, a empreiteira deveria pagar 30 milhões de reais ao PMDB. Desse total, 3 milhões de reais foram divididos entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e Calheiros, para financiar as campanhas dos filhos dos dois senadores.
Segundo a Polícia Federal, as informações de Pessoa “podem consubstanciar os delitos de corrupção passiva e lavagem de dinheiro”. Calheiros nega envolvimento com o esquema de corrupção. O pedido do presidente do Senado teria ocorrido em um jantar no Hotel Emiliano, em São Paulo, de acordo com o empreiteiro. O empresário entendeu que a demanda fazia parte da solicitação de 30 milhões de reais feita pelo senador Edison Lobão (PMDB-MA), que comandava o Ministério de Minas e Energia, para financiar o PMDB nas eleições de 2014. (AG)