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Mundo Presidente dos Estados Unidos determina vacinação de funcionários federais e alerta para o avanço da variante Delta do coronavírus

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Presidente manteve apoio entre os homens. (Foto: Lawrence Jackson/The White House)

O presidente Joe Biden apertou o cerco aos americanos que rejeitam as vacinas contra a covid-19, anunciando que todos os funcionários do governo federal nos Estados Unidos e empresas prestadoras de serviço precisarão se imunizar. A medida é mais um esforço para elevar a taxa de vacinação no país, hoje distante dos patamares mais elevados que se buscam para conter a pandemia.

A regra se aplicará aos cerca de 2,2 milhões funcionários civis do governo federal e aos pelo menos aos 2 milhões de empregados de empresas que lhe prestam serviços — não ficou claro se valerá também para os 500 mil do Serviço Postal. As Forças Armadas não foram incluídas na ordem, mas Biden determinou ao Departamento de Defesa que vacine seus integrantes que atuam em áreas críticas, como países onde as taxas de vacinação são baixas.

Quem não apresentar certificados de vacinação precisará, além das máscaras, já obrigatórias em todos prédios federais, submeter-se a pelo menos dois testes semanais e se isolar dos demais funcionários. Não há, contudo, ameaça à estabilidade do cargo. Não foi informado quando a determinação passará a valer.

O presidente também anunciou incentivos para que empresas liberem seus funcionários para que se vacinem, prometendo ressarcir os empregados pelas horas não trabalhadas. Aos Estados, territórios e municípios, além de defender medidas de cooperação para o fornecimento e aplicação de doses, pediu que deem US$ 100 (R$ 508) para cada pessoa que se vacine daqui pra frente, com a verba saindo de um fundo de amparo de US$ 350 bilhões.

As regras refletem um sentimento da Casa Branca de que o simples convencimento não está mais funcionando, e agora é hora de passar para o constrangimento. Apesar de as medidas não serem tão duras quanto as adotadas pela França, que ameaçou cortar o ponto de médicos não vacinados, a ideia dos EUA é tornar a vida de quem escolheu não se imunizar tão difícil que se verão obrigados a capitular.

A queda recente no ritmo de imunizados preocupa a Casa Branca. Depois de chegar a uma média superior a 3 milhões de doses aplicadas por dia em abril, os EUA viram esse número despencar nas semanas seguintes, mesmo com as vacinas disponíveis a todos americanos com mais de 12 anos. Segundo a Bloomberg, a média diária está em torno de 600 mil, inferior ao registrado, por exemplo, em países como o Brasil e o Paquistão.

“As pessoas falam muito sobre liberdade. E a liberdade vem com responsabilidade. Seja responsável e vá se vacinar”, disse Biden.

Segundo o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), 188 milhões de americanos (57,7% da população) receberam ao menos uma dose, enquanto 163 milhões (49,3%) completaram todo o ciclo vacinal.

Risco presente

Durante toda a fala, Biden não escondeu a preocupação com o aumento de casos — a média móvel, que em meados de junho estava em torno de 11 mil, hoje supera os 60 mil —, uma tendência ligada ao avanço da variante Delta, responsável por 90% das infecções. Apesar de garantir que a Casa Branca se preparou para uma situação como essa, Biden declarou que o número de casos deve aumentar nas próximas semanas.

Por isso, defendeu a determinação do CDC, emitida na última terça (27), recomendando o uso de máscaras, mesmo para pessoas vacinadas, em locais fechados em comunidades onde há alta transmissão do vírus, hoje 69,3% dos condados. A ordem reverteu parcialmente a liberação das máscaras para vacinados, emitida em maio.

“Precisamos usar a máscara para nos protegermos e impedirmos a rápida propagação do vírus, enquanto trabalhamos para vacinar mais pessoas”, declarou Biden. “Mesmo se você já foi completamente vacinado, pode ter a variante Delta em seu sistema e passar para uma pessoa que não foi [vacinada].”

Contudo, o discurso nem sempre encontra respaldo nos governos estaduais, especialmente entre os governados pelos republicanos. Nove Estados já adotaram legislações proibindo que cidades e condados passem a exigir, por conta própria, o uso de máscaras: Arizona, Arkansas, Flórida, Montana, Dakota do Norte, Carolina do Sul, Tennessee e Texas. O governador da Geórgia, Brian Kemp, republicano, sugeriu que vai seguir pelo mesmo caminho.

No Congresso, uma ordem para o uso da proteção emitida pela Câmara dos Deputados foi alvo de ataques de deputados republicanos, como o líder da minoria, Kevin McCarthy. Na Casa Branca, repórteres são orientados a usar máscaras na sala de Imprensa.

Ao mesmo tempo, outras regiões apertaram as regras mesmo antes das orientações do CDC. Na capital americana, as máscaras voltaram a ser obrigatórias em ambientes fechados, caminho seguido por locais como Los Angeles, Kansas City e Saint Louis. Os Estados de Washington, Illinois, Nevada e Califórnia também recomendam a proteção em determinados ambientes e locais da alta incidência de casos.

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