Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 23 de maio de 2022
"A ideia de que Taiwan pode ser tomada à força é simplesmente não apropriada", afirmou Biden
Foto: Lawrence Jackson/The White HouseO presidente Joe Biden disse, nesta segunda-feira (23), que os Estados Unidos estão dispostos a responder “militarmente” se a China intervir em Taiwan com o uso de força.
“Esse é o compromisso que assumimos”, afirmou Biden em Tóquio, no Japão, durante uma entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida. “Nós concordamos com a política de Uma China. Aderimos a ela e a todos os acordos resultantes feitos a partir daí, mas a ideia de que Taiwan pode ser tomada à força, é simplesmente não apropriada”, declarou o norte-americano.
No ano passado, o presidente norte-americano fez declarações semelhantes, mas a Casa Branca interviu e afirmou que a política de longa data dos EUA não mudou em relação à ilha.
Taiwan fica a menos de 177 quilômetros da costa da China. Por mais de 70 anos, os dois lados foram governados separadamente, mas isso não impediu o Partido Comunista da China de reivindicar a ilha como sua – apesar de nunca tê-la controlado.
Nas últimas semanas, Pequim enviou dezenas de aviões de guerra para a Zona de Identificação de Defesa Aérea de Taiwan, e o presidente chinês Xi Jinping disse que a “reunificação” entre China e Taiwan é inevitável, se recusando a descartar o uso da força.
Biden comparou uma potencial invasão de Taiwan pela China com a guerra na Ucrânia. Ele também enfatizou que “a Rússia tem que pagar um preço de longo prazo por suas ações”.
Em resposta a Biden, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que os EUA não devem defender a independência de Taiwan. “A China não tem espaço para compromissos ou concessões em questões relacionadas à sua soberania e integridade territorial”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, em uma entrevista coletiva em Pequim.
“Ninguém deve subestimar a firme resolução, vontade e capacidade do povo chinês de defender sua soberania nacional e integridade territorial e não deve se opor aos 1,4 bilhão de chineses”, disse Wenbin.