Sexta-feira, 30 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 22 de setembro de 2023
O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a permissão de trabalho para milhares de venezuelanos que já estão no país. Com a medida, Biden cede aos apelos de democratas no Congresso e das cidades afetadas por um fluxo de requerentes de asilo.
Cerca de 472 mil venezuelanos que chegaram ao país antes de 31 de julho serão impactados pela medida, que os protege de forma temporária de uma deportação, dispensando uma espera de meses por uma autorização de emprego.
Os democratas de Nova York argumentaram que a cidade não teria condição de prover as condições necessárias para todos os imigrantes. A decisão ocorreu após forte lobby dos principais políticos do partido no Estado, incluindo a governadora Kathy Hochul, o prefeito da cidade, Eric Adams, e líderes partidários no Congresso.
Nova York serve de abrigo para 60 mil requerentes de asilo. Adams estimou que os custos do cuidado com os imigrantes poderá chegar a US$ 12 bilhões nos próximos anos. A permissão de trabalho para os estrangeiros ilegais deve ajudar a aliviar a sobrecarga de serviços para Nova York.
Insegurança
O secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas, disse que tomou a decisão porque as condições na Venezuela impedem o regresso seguro dos venezuelanos, mas sublinhou que os imigrantes que entraram no país já em agosto não estavam protegidos e seriam “removidos quando se constatasse que não têm uma base legal para ficar”.
Em uma declaração conjunta, o senador Chuck Schumer e o deputado Hakeem Jeffries, ambos de Nova York, e os principais democratas no Senado e na Câmara, disseram que o Departamento de Segurança Interna estimou que cerca de metade dos imigrantes que vivem atualmente na cidade é de venezuelanos que seriam afetados pela decisão. Os líderes democratas em outros lugares, como no Estado de Illinois, também pediram ajuda.
Eleição
Com um número alto de imigrantes nas cidades, os candidatos democratas e estrategistas políticos têm se preocupado com a possibilidade de o partido ser prejudicado nas próximas eleições em razão das medidas em relação aos imigrantes.
A decisão foi anunciada nessa semana, durante a passagem de Biden por Nova York, para a Assembleia-Geral das Nações Unidas.