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Política Presidente nacional do PSD diz que Lula repete erro de Bolsonaro

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Kassab afirmou ainda que “é muito difícil a candidatura” de Bolsonaro em 2026. (Foto: Wilson Dias/Arquivo/ABr)

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, disse na última quinta-feira (20) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comete o mesmo equívoco do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao fazer um governo “cada vez mais à esquerda”, da mesma forma que o antecessor errou ao governar “apenas com suas convicções”.

O dirigente, que integra a base de Lula e é secretário de Governo e Relações Institucionais da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo, evitou se comprometer com a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, afirmando que o avanço do tema depende do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Reconheceu, no entanto, que parte da bancada do PSD apoia a iniciativa.

Kassab fez as declarações durante seminário na Fundação Fernando Henrique Cardoso, na capital paulista, ao lado do diretor-geral da fundação, Sergio Fausto, do ex-ministro Celso Lafer e da professora da USP e pesquisadora do Cebrap Maria Hermínia Tavares. O dirigente do PSD afirmou que tanto Lula quanto Bolsonaro falharam ao deixar de dialogar com o centro político que ajudou a elegê-los.

Para Kassab, Bolsonaro foi eleito em 2018 graças à indignação popular vinda à tona nas manifestações de 2013 e ao sentimento antipetista, mas “equivocadamente achou que aquela era uma votação pelas qualidades dele” e passou a governar “só naquela postura mais conservadora”. Lula, prosseguiu Kassab, foi eleito porque “qualquer um que se apresentasse contra o governo do Bolsonaro venceria” em 2022, mas “acabou cometendo o mesmo erro” ao chegar ao Planalto.

O dirigente deu como exemplo da virada à esquerda de Lula as recentes trocas no Ministério, em que “privilegia as pessoas que representam aquela esquerda mais radical”. Kassab não citou o nome da nova ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, até então presidente do PT, e disse que agora “parece que vai se confirmar a cereja do bolo”, com o deputado federal Guilherme Boulos (Psol) assumindo uma pasta, como se especula em Brasília.

“Sem trazer para o governo pessoas que representem um pensamento moderado, de centro, mostra que ele [Lula] talvez ou não queira ser candidato [em 2026] e está deixando um legado do que é a esquerda no Brasil que ele representou, ou ainda não entendeu que sem o centro é muito difícil ganhar uma eleição.”

Kassab, que respondeu a perguntas de um auditório formado por políticos, empresários, economistas e pesquisadores, afirmou que “é muito difícil a candidatura” de Bolsonaro em 2026, “por uma questão de timing” – ele está inelegível até 2030. O dirigente disse ainda que o projeto de anistia para envolvidos em atos antidemocráticos, defendido pelo ex-presidente, “depende muito” de Motta para o primeiro passo.

“Pelo que eu percebo, na Câmara, se ele pautar, [mas] parece que não vai pautar, deve passar, porque a oposição tem 250 votos. Tem votos no PSD, no MDB, no PSDB, tem vários”, disse. “Eu não queria estar na pele dele, não. Ele [Motta] prometeu cada coisa para um lado”, completou, rindo junto com a plateia sobre as promessas de campanha do paraibano quando concorreu ao comando da Casa.

Kassab acrescentou ter a impressão de que, no Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) não deverá pautar a votação da anistia. “Se pautar, acho que perde.” Bolsonaro tem dito que, após uma conversa com Kassab, passou a contar com o apoio do PSD à medida. O dirigente evita se comprometer publicamente com a demanda, já que o partido é fragmentado, abrigando bolsonaristas e lulistas, e diz apenas que a legenda não fechou questão sobre o assunto, determinando voto favorável ou contrário. As informações são do jornal Valor Econômico.

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