Por Redação O Sul | 21 de dezembro de 2015
Após seis meses preso em Curitiba (PR), o empresário Marcelo Odebrecht segue uma metódica rotina dentro do CMP (Complexo Médico Penal). Nem mesmo a derrota no STJ (Superior Tribunal de Justiça) há duas semanas, onde teve o pedido de habeas corpus rejeitado por 4 votos a 1, fez com que o empresário mudasse os hábitos adquiridos na cadeia: mantém uma rigorosa programação de exercícios físicos e passa parte do dia analisando documentos da Operação Lava-Jato.
Desde o primeiro dia de cárcere, em 19 de junho, Marcelo fez da rotina uma arma para superar a prisão. Ainda na PF (Polícia Federal), antes de ser transferido, ele já acordava cedo e passava as primeiras horas da manhã lendo as acusações.
Agora, em uma galeria com cerca de cem detentos, Marcelo aproveita ao máximo os espaços disponíveis. Acorda às 7h, toma seu café com frutas e pão, levados quase que diariamente por seus advogados, e faz exercícios três horas por dia, em média. Corre e faz uma série com pesos improvisados pelo seu ex-colega de cela, o lobista Fernando Baiano.
Assim que termina os exercícios, se alimenta com barras de cereais ou frutas. Moro autorizou a entrada das barras energéticas por conta de sua hipoglicemia. Antes do almoço, ele volta para a cela, transformada em um local de trabalho. Passa lendo e relendo indicações de argumentos, pontos a serem questionados em juízo. (AG)
