Quarta-feira, 13 de agosto de 2025

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Brasil Pressão de Trump para incluir Bolsonaro em negociação sobre tarifas para o Brasil impede avanço do diálogo

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Lula só conversará por telefone com Trump se a Casa Branca garantir que não vai incluir Bolsonaro no diálogo. Essa condição tem sido reiterada diversas vezes por autoridades brasileiras. (Foto: Ricardo Stuckert/PR e Reprodução)

A falta de resposta aos insistentes pedidos de negociação feitos pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforça um clima de pessimismo em Brasília. A avaliação no governo é que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, só aceita conversar se a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro entrar na negociação.

Na próxima quarta-feira, mais uma tentativa será feita. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, agendou uma conversa com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent.

Segundo auxiliares de Lula, Haddad deve pedir a ampliação da lista de produtos não atingidos com uma sobretaxa de 50%, que passou a vigorar no dia 6 de agosto. Mas não há garantia que isso vai funcionar.

O governo brasileiro acredita que novas sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, seus familiares e outros magistrados da Corte podem ser adotadas pelos EUA. Os sinais foram emitidos nos últimos dois dias por Washington, após Moraes decretar prisão domiciliar a Bolsonaro.

Nesta quinta-feira, a Embaixada dos EUA em Brasília publicou uma nova mensagem nas redes sociais com críticas a Moraes e indicando que poderão ocorrer novas sanções. O ministro já é alvo de bloqueio de operações bancárias envolvendo empresas americanas e teve o visto de entrada naquele país suspenso.

A avaliação é que o processo eleitoral brasileiro se tornou uma questão central e o Brasil tem uma situação única, quando Trump insiste em colocar Bolsonaro em uma negociação. O líder americano está de olho na eleição de 2026 e quer que Bolsonaro, ou alguém com a mesma ideologia, ganhe o pleito no Brasil.

Diante disso, Lula só conversará por telefone com Trump se a Casa Branca garantir que não vai incluir Bolsonaro no diálogo. Essa condição tem sido reiterada diversas vezes por autoridades brasileiras.

Conforme interlocutores a par do assunto, os EUA surpreenderam o governo brasileiro ao saírem em defesa de Bolsonaro. Eram esperadas tarifas elevadas, questionamento sobre possíveis práticas desleais com base na Seção 301 da Lei do Comércio americana e protestos contra a regulação das grandes plataformas de internet.

No caso da Seção 301, o Brasil vai enviar um relatório sobre patentes, corrupção , desmatamento, Pix e até os preços da 25 de março, em São Paulo, no dia 18 deste mês. A primeira audiência pública será no início de dezembro.

Entre integrantes do governo brasileiro, a avaliação é que os EUA deixaram de ser um parceiro confiável. A forma como Trump faz política, com um poder descomunal nas mãos, demonstra que o americano tem como tática manter o opositor em um clima de terror.

Esses interlocutores afirmam que países que procuraram os EUA e fizeram uma negociação saíram humilhados. Trump precisa sair com um troféu, concluem.

Lula conversou, na manhã desta quinta-feira, com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e deve falar, proximamente, com o presidente da China, Xi Jinping. Auxiliares de Lula afirmam que é importante a solidariedade desses países, mas não se cogita, no momento, uma posição conjunta do Brics sobre o tarifaço.

Entre os motivos, o principal é que cada um dos onze países do Brics tem uma realidade diferente. Além disso, dentro do grupo há aliados importantes dos EUA, como Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

Entre as prioridades do governo Lula, estão adotar medidas para ajudar os setores mais atingidos pelo tarifaço de Trump e buscar mais mercados para o Brasil. O  México e Canadá são parceiros considerados fundamentais para ampliar o comércio e comprar produtos que deixarão de entrar no mercado americano. Com informações do portal O Globo.

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