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Celebridades Preta Gil comenta ataques nas redes sociais: “Racistas não dão trégua”

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Cantora falou sobre como ela enxerga o preconceito no Brasil e de que forma luta em prol da igualdade racial no País. (Foto: Caio Duran/Ag. News)

Preta Gil é sinônimo de personalidade forte e irreverência para seus mais de sete milhões de seguidores no Instagram. Muitas vezes, a autenticidade da cantora a torna alvo de duras críticas nas redes sociais. A artista contou como lida com os haters, comentários preconceituosos e de que forma ela luta em prol da igualdade racial no País.

“Eu sofro ataque o dia inteiro. Os racistas não dão trégua. Eles dizem: ‘mas ela casou com branco. Ela só casa com branco. Ela alisa o cabelo’. As pessoas que são ignorantes em relação a minha história, acham que eu aliso o cabelo. Eles criticam até quando eu o pinto de loiro. Eu sou negra e eu sou livre. Eu não sou escrava de ninguém. Eu não tenho que seguir nenhuma regra. Meu coração não manda. Eu me apaixonei pelo Rodrigo [Godoy], mas eu poderia ter me apaixonado por um negro. Na minha história, eu me apaixonei e namorei vários negros. Mas os racistas gostam e usam isso para me atacar. Eu dou risada da cara deles. É triste ver pessoas tão rasas na vida. Mas acontece”, lamentou.

Para Preta, a existem diferentes maneiras de combater o preconceito. “Sendo, dando exemplo, trabalhando, lutando. Principalmente se unindo. Eu vejo que de alguns anos para cá, o movimento negro tomou uma proporção diferente e não existe um movimento negro no País. Existem movimentos individuais, de pessoas negras que querem combater o racismo, por meio da informação. Isso é o mais interessante. A gente tem uma história que mostra exatamente o que o povo negro passou no Brasil e no mundo, mais aqui especificamente”, explicou.

A artista confia no ditado de que a união faz a força. “A gente luta, cada um como indivíduo, mas no coletivo, se unindo em eventos como este, grupos organizados. A gente vive uma época diferente. Acho que a época do meu pai foi uma luta e agora até por conta da questão da internet, você vê indivíduos como aqui, criando o protagonismo negro, com isso trazendo a questão da identificação. A gente precisa disso. Acho que é um conjunto de ações individuais e coletivas, que fazem que hoje a gente esteja falando sobre isso sem medo. A gente dá força um para o outro e se sente mais unido e mais forte”, reforçou.

Colorismo

“Eu tenho consciência do meu colorismo, mas acho que negro é negro. Óbvio que eu reconheço que a negra retinta, principalmente, a de classe social baixa, passa por coisas que eu não passei. Mas isso não tira a minha vontade de lutar pelos meus. Não só por mim. Não adianta nada eu ser uma negra que tive oportunidades, me sentir num pedestal e não olhar a minha volta. Eu não vejo essa diferença entre eu e uma irmã mais retinta. Eu sei que o meu cabelo liso, muitas vezes, pode ter me ajudado no sentindo de penetração. Ele me ajudou a circular. Mas o que me fez ser quem eu sou e ter as amizades que eu tenho, é o meu caráter e o meu talento. Mas é diferente. Não adianta eu dizer que é igual porque não é igual. Mas eu não me sinto diferente.”

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https://www.osul.com.br/preta-gil-comenta-os-ataques-nas-redes-sociais-racistas-nao-dao-tregua/ Preta Gil comenta ataques nas redes sociais: “Racistas não dão trégua” 2019-05-21
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