Sexta-feira, 07 de março de 2025
Por Redação O Sul | 27 de agosto de 2024
Considerado como a prévia da inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de agosto foi de 0,35% na Região Metropolitana de Porto Alegre, 0,18 ponto percentual (p.p.) maior que a taxa de julho (0,17%). Os dados foram divulgados nessa terça-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado na capital gaúcha voltou a ficar acima do índice nacional (0,19%), com a terceira maior variação entre as áreas pesquisadas, atrás apenas das altas de Recife (0,50%) e Fortaleza (0,48%).
No ano, o IPCA-15 da Região Metropolitana de Porto Alegre acumula alta de 2,65% e, em 12 meses, de 3,58%, abaixo dos 3,72% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a taxa foi de 0,49%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em agosto. A maior variação e o maior impacto positivo vieram dos Transportes (1,88% e 0,40 p.p). Na sequência, a segunda maior contribuição positiva foi a do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,72% a 0,09 p.p.). Por sua vez, o grupo Alimentação e bebidas (-1,53% e -0,33 p.p) apresentou queda pelo segundo mês consecutivo. As demais variações ficaram entre o -0,12% de Vestuário e o 1,55% de Artigos de residência.
Nos Transportes (1,88% e 0,40 p.p), o resultado foi influenciado pelos aumentos da gasolina (3,22% e 0,21 p.p.) e das passagens áreas (21,59% e 0,18 p.p.), os dois subitens com maior impacto individual sobre o IPCA-15 de agosto.
No grupo Saúde e cuidados pessoais (0,72% e 0,09 p.p.), os produtos farmacêuticos (1,08% e 0,04 p.p.) tiveram a maior contribuição no mês. Houve aumentos também nos serviços médicos e dentários (0,91%), nos itens de higiene pessoal (0,58%) e nos planos de saúde (0,57%).
Em Alimentação e bebidas (-1,53%), a alimentação no domicílio (-2,32%) apresentou queda mais intensa do que a de julho (-1,58%). Contribuíram para esse resultado principalmente as quedas do tomate (-23,28%), do mamão (-13,91%), da batata-inglesa (-10,86%), da alface (-10,37%), da cebola (-8,27%) e do leite longa vida (-5,64%).
Já a alimentação fora do domicílio se manteve em alta (0,61%), mas desacelerou em relação ao mês de julho (0,80%), em virtude do aumento menos intenso da refeição (de 0,84% em julho para 0,33% em agosto). O lanche, por sua vez, teve movimento inverso, acelerando de 0,55% no mês anterior para 1,37% no mês de referência.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 16 de julho a 14 de agosto de 2024 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de junho a 15 de julho de 2024 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Brasil
Já no Brasil, a prévia da inflação de agosto ficou em 0,19%, após taxa de 0,30% registrada em julho. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE, aponta que a maior variação (0,83%) e o maior impacto (0,17 ponto percentual) vieram do grupo Transportes. Na sequência, destacam-se os grupos Educação (0,75% e 0,05 p.p.) e Artigos de residência (0,71% e 0,03 p.p.).