Domingo, 21 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de julho de 2023
Uma espécie de submarino da OceanGate – empresa proprietária do Titan, que implodiu em uma expedição aos destroços do Titanic no mês passado – está à venda por US$ 795 mil (cerca de R$ 3,9 milhões na cotação atual). O submersível foi o primeiro usado pela companhia.
Conforme o anúncio colocado no site de venda especializada Yatco pelo corretor de iates Steve Reoch, o “Antipodes” é descrito como um submersível tripulado por até cinco pessoas “que permite viagens recreativas, comerciais e científicas para pesquisadores, cientistas, cineastas e criadores de conteúdo”.
O submarino de 4,14 metros de comprimento pode ir a até 305 metros de profundidade no oceano. Foi construída pela empresa Perry Submersibles em 1973 e foi usada por diversos proprietários até chegar ao CEO da OceanGate, Sotckton Rush.
Ao “Insider”, o corretor Reoch contou que o Antipodes fez vários mergulhos e todos eles foram “bem-sucedidos”. O submarino recebeu aval da American Bureau of Shipping, autoridade de segurança de navegação local, já que foi constatado que atendia aos padrões da indústria. O Titan não recebeu essa classificação.
Reoch revelou ainda que tenta vender a embarcação há cinco anos e que, após a implosão do Titan, “tem certeza” que não conseguirá encontrar um comprador. “Não quero ter nada a ver com isso”, declarou sobre a empresa e o acidente subaquático.
Por conta disso, o corretor disse que pretende retirar o anúncio de venda do site em breve. “Ninguém vai conseguir vender o submersível por anos por causa de litígios – é uma perda de tempo e tem sido por cinco anos”, disse na entrevista.
Passageiros do Titan
Um estudo realizado pelo engenheiro José Luis Martín, especialista em submarinos, aponta que os cinco passageiros do submarino Titan, que implodiu durante uma expedição ao Titanic, podem ter percebido o que ia acontecer 48 segundos antes do acidente. “Nesse período de tempo, eles estavam conscientes de tudo e na escuridão total”, explica o especialista.
De acordo com o site espanhol NIU, o estudo reconstruiu os últimos momentos da expedição do submersível da OceanGate ao Titanic tendo como base fatores como o peso do submersível, a velocidade e o impulso.
Segundo o especialista José Luis Martín, o submarino pode ter afundado verticalmente por, pelo menos, 900 metros, sem nenhum controle.
Martín acredita que essa mudança de posição pode ter ocorrido após uma “falha técnica”. “Ficou sem motor e sem propulsão e é nessa altura que perde a comunicação”, cogita o especialista. As informações são dos jornais Valor Econômico e O Globo.