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Armando Burd Primeiros acordes

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Em 1999, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, não deu chance para negociação facilitada das dívidas dos Estados com a União. Circunstância que se repete hoje. (Foto: Reprodução/YouTube)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

No Interior do Rio Grande do Sul, a expressão é bem conhecida: afinar o violão com a gaita. Exige tempo de ensaio. O desencontro de declarações do presidente Jair Bolsonaro com integrantes da equipe econômica, ontem, cria instabilidade e obriga a que definam a partitura que seguirão. Não é, porém, novidade.

Os jornais de 5 de janeiro de 1990 noticiaram: “As reuniões promovidas em Roma pelo presidente eleito Fernando Collor aguçaram as divergências entre ele e seus dois principais assessores da área econômica, Zélia Cardoso de Mello e Daniel Dantas.” Instalado no Hotel Palazzo Manfredi, cinco estrelas da capital italiana, Collor, deixando os assessores de lado, disse apenas que tomaria medidas duras logo após a posse, a 15 de março. Prometeu e cumpriu, assustando o país com o confisco da poupança.
Rota para conter vazamentos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma que a carga tributária ideal para o Brasil é de 20 por cento do Produto Interno Bruto. Seria ótimo, voltando ao mesmo patamar de 1965. A primeira medição realizou-se em 1947 e apontou 14 por cento. Atualmente, é de 36 por cento.

A redução pretendida por Guedes dependerá da velocidade no controle de gastos. Começará pela identificação dos pontos de desperdício. Depois, deverá criar indicadores de desempenho e formas de acompanhamento. Para isso, contará com a tecnologia utilizada em países desenvolvidos.

O choro de sempre

A 5 de janeiro de 1999, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse que o governo não iria rever os contratos de refinanciamento das dívidas dos Estados. Foi a principal reivindicação dos governadores que tinham assumido a 1º de janeiro. O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, lembrou a Malan que a pressão seria muito forte. A resposta do ministro foi sucinta: “Temos contratos assinados e contratos existem para serem cumpridos.”

O governador de Minas Gerais, Itamar Franco, sabendo antecipadamente que não haveria entendimento com Malan, decidiu suspender, temporariamente, o pagamento das dívidas com a União, decretando moratória.

Mexida na balança

A escolha do novo presidente do Senado se dará em um cenário de mudanças. Das cinco maiores bancadas, três perderam parlamentares em relação a 2015. O PT sofreu o maior revés: de 13 caiu para seis integrantes. O MDB tinha 11 cadeiras e está reduzido a oito. Mesma circunstância do PSDB. O DEM cresceu de cinco para seis vagas. O PSD saltou de quatro para sete.

Freio nos gastos

O governo federal tem 700 mil imóveis em todo o País. Nas grandes cidades, cada ministério ocupa um prédio, evidenciando desperdícios. Uma das medidas do novo governo será agrupar as atividades em um mesmo local. Com isso, haverá desocupações e, logo depois, a venda para evitar invasões. Ao mesmo tempo, ocorrerá a revisão dos imóveis que a União aluga para romper os contratos e economizar dinheiro.

Golpistas não descansam

No ano passado, quase oito milhões de brasileiros foram vítimas de fraudes, sendo que 41 por cento das ocorrências estiveram ligadas à clonagem de cartões de crédito. Os dados são de levantamento da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito. Outros golpes comuns: o uso indevido do nome para contratação de empréstimos, a utilização de documentos para abertura de crediário e o pagamento de boletos falsos. Por isso, todo o cuidado é pouco ao conferir a fatura antes de pagar.

Nada mais para fazer

O Rio de Janeiro está virado num caos. Porém, há sempre espaço para consagrar o supérfluo. A Câmara Municipal iniciou discussão para decidir se torna ou não patrimônio imaterial da cidade as batatas fritas de Marechal Hermes, bairro da Zona Norte. O vereador Professor Adalmir, do PSDB, justifica o seu projeto: “A batata frita de Marechal Hermes é hoje a sensação de toda a população do Rio e já faz parte da cultura do subúrbio.”

Sua Excelência merece ou não cair na fritura?

Hora da verdade

Depois da posse, marketing não adianta. O que resolve é governar.

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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