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Cláudio Humberto Privilégios do setor público fazem pouco da crise

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Os servidores custam ao Brasil mais de R$ 600 bilhões por ano, incluindo salários e penduricalhos, para além de mordomias, regalias e privilégios. Mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o chefão do Senado, Davi Alcolumbre, impedem qualquer medida que faça o setor público dar a sua parcela de sacrifício. Inventaram redução de salários no setor privado, mas no setor público, nem pensar. A vergonhosa atitude dos políticos inclui veto a propostas que lhes tire o bilionário fundão eleitoral.

‘Ajuda’ a regalias
O setor público está blindado de qualquer sacrifício, sejam nos salários ou nas mordomias. A “ajuda emergencial” aos Estados prova isso.

Ninguém tasca
Há deputados e senadores pedindo a transferência dos R$ 2,7 bilhões do fundão eleitoral para combater o Covid-19, mas Maia e Alcolumbre vetam.

Disparidade salarial
Os servidores são 12% da classe trabalhadora, mas ganham 31% dos salários pagos no Brasil, segundo Hélio Zylberstajn, professor da USP.

‘Casta’ bem remunerada
O salário médio no setor público, sem incluir penduricalhos e “extrateto”, é R$ 3.800 mensais, o dobro da média salarial no setor privado: R$ 2.035.

Testes pretendidos por Teich não são confiáveis
O mantra do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, pregando “testes em massa” de coronavírus, pode não produzir os efeitos que ele imagina pelo simples fato de que, até agora, os produtos existentes no mercado não são confiáveis, com a exceção de três fabricantes chineses que já não têm condições de atender novas encomendas, segundo empresários com experiência no comércio do a China. Teich corre o risco de “cair nas mãos” de outros fabricantes padrão “xingling” de testes não confiáveis.

Respiradores paulistas
Se Mandetta não conseguiu comprar um único respirador, o governo de São Paulo já fechou a compra de 3 mil. Vai gastar R$ 520 milhões.

Devagar, quase parando
A maior “roda presa” da gestão de Mandetta para comprar materiais de contra Covid-19 atende pelo nome de Departamento de Logística (Dlog).

Que pandemia?
Não consta da área do Dlog, no site do Ministério da Saúde, qualquer iniciativa (licitação, pregão, nada) de materiais contra coronavírus.

Negócio bilionário
Lobby pesado de empresas de certificados digitais tenta se aproveitar da do clima de fragilidade do Covid-19 para exigir que todas as receitas eletrônicas tenham que ser feitas por médicos com certificado ICP Brasil e dispensadas nas farmácias por farmacêutico com o mesmo certificado.

SOS Amazonas
O governo do Amazonas deveria ser estudado. Ou devassado. Com um número de infectados e de mortos alarmante, quer pagar R$ 2,6 milhões de aluguel de hospital que não parece equipado para tratar de Covid-19.

Máscaras para todos
No Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha anunciou a distribuição de 1 milhão de máscaras, produzidas em mutirão. Entidades como Fibra (Indústria) e Senac (comércio) garantem meio milhão de máscaras.

Guedes vira alvo
O ministro Paulo Guedes (Economia) pode estar arrumando encrenca com bolsonaristas, que o acusam de “colocar seu precioso tempo” a serviço de conversas com clientes de bancos de investimento. Na sexta (17), foi a vez do BTG Pactual, de André Esteves, preso na Lava Jato.

Disputa no TRE-DF
Tão logo vazou que o advogado Igor Matos registrou sua candidatura a desembargador do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do DF, ele não para de receber manifestações de apoio.

Estabilidade à brasileira
Em 2013, cidades de todo o país proibiram o uso de máscaras nas ruas, em dias de protesto. Quem usava, era preso. Com sete anos e um vírus, tudo mudou: quem estiver na rua sem máscara pode até ser preso.

Medicina por telefone
Hospitais e planos de saúde, como a Unimed, orientam os potenciais pacientes a permanecer em casa, mesmo os casos com sintomas do coronavírus. O primeiro passo deve ser o contato por telefone.

Tamanho do tombo
Instituições financeiras previram, em dezembro de 2019, que a bolsa brasileira chegaria aos 140 mil pontos este ano. Refeitas as projeções, mês passado, a previsão é no máximo 96 mil pontos, queda de 31,5%.

Pensando bem…
… o uso obrigatório de máscara vai pegar fácil entre políticos: facilita circular sem ser identificado.

PODER SEM PUDOR

Ajuda dispensada
Figura muito popular em Teixeira, município paraibano, Zé da Onça certa vez abordou João Agripino, que visitava a cidade: “Preciso da sua proteção, governador.” Agripino recomendou: “Ande direito e pode contar comigo.” Zé da Onça dispensou: “Precisa mais, não. Andando direito, não preciso da ajuda de ninguém!”

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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Que energia!
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https://www.osul.com.br/privilegios-do-setor-publico-fazem-pouco-da-crise/ Privilégios do setor público fazem pouco da crise 2020-04-20
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