Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 28 de outubro de 2019
O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que a Operação Lava-Jato tem passado por dificuldades, em parte relacionadas à divulgação de mensagens atribuídas aos integrantes da força-tarefa, e indicou que “pequenos desvios e excessos” serão corrigidos junto à PGR (Procuradoria-Geral da República).
Segundo o procurador-geral, as mensagens, divulgadas por hackers, no entanto, não afetariam e invalidariam as condenações já proferidas no âmbito da operação. “Não tem um condão de invalidar a verdade dos fatos já apurados e por isso não teria a força para desconstituir os julgamentos até aqui proferidos”, explicou.
Aras ainda negou ter convidado o coordenador da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba (PR), o procurador Deltan Dallangnol, para chefiar uma força-tarefa de combate ao narcotráfico.
O procurador-geral da República também reforçou o seu posicionamento sobre a prisão após condenação em segunda instância. Na sustentação oral que apresentou na retomada do julgamento no Supremo sobre a execução antecipada da pena, Aras disse que a possibilidade era “uma forma de o Estado defender não só as garantias dos condenados, mas também os direitos das vítimas”.
Aras disse ainda que solicitou ao Supremo informações sobre o inquérito das fake news. O procurador alega que, sem a participação do Ministério Público na investigação, haverá “um grande problema constitucional”. Aras deu as declarações no programa Poder em Foco, do SBT.