Sexta-feira, 21 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2015
A PGR (Procuradoria-Geral da República) informou nesta sexta-feira (16) haver “indícios suficientes” de que as contas do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no exterior são “produto de crime”. De acordo com a PGR, entre 2002 e 2014, a evolução patrimonial do parlamentar foi de 214%.
Na noite desta quinta-feira (15), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki autorizou a abertura de um novo inquérito para investigar Cunha. O pedido de investigação tinha sido formulado mais cedo pela PGR, que quer apurar suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro em razão de quatro contas na Suíça atribuídas ao parlamentar.
“Atualmente, o patrimônio declarado dele [Cunha] é de 1,6 milhão de reais, conforme suas declarações de patrimônio à Justiça Eleitoral. Em 2002, o valor declarado era de 525,768 mil reais. Para a Procuradoria, há indícios suficientes de que as contas no exterior não foram declaradas e, ao menos em relação a Eduardo Cunha, são produto de crime”, diz nota divulgada nesta sexta-feira pela PGR.
A assessoria de imprensa da presidência da Câmara informou que quem responde pelo deputado no caso é o advogado Antonio Fernando de Souza, que faz a defesa de Cunha. No pedido de abertura de inquérito, a PGR também solicitou que fossem investigadas a mulher do deputado, Cláudia Cordeiro Cruz, e uma filha dele, supostas beneficiárias dessas contas. A investigação das duas também foi autorizada por Zavascki. (AG)