Sábado, 22 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de outubro de 2015
Após o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizar o sequestro de 9,6 milhões de reais depositados em contas na Suíça atribuídas ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a PGR (Procuradoria-Geral da República) intensificou a busca de provas para instruir um pedido de afastamento do parlamentar da chefia da Casa.
Assessores do procurador-geral, Rodrigo Janot, reúnem indícios que apontariam que Cunha utilizou o cargo para atrapalhar os desdobramentos da Operação Lava-Jato. Se isso for comprovado, o órgão deverá formalizar o pedido. Como a medida é considerada delicada, isso só será feito se houver prova concreta de uso das prerrogativas do posto para atravessar as investigações.
O deputado Sílvio Costa (PSC-PE), vice-líder do governo federal, entrou com uma representação na PGR pelo afastamento de Cunha, alegando que ele usa o cargo para atrasar as apurações. O parlamentar-chefe é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e suspeita de esconder contas na Suíça.
O resgaste do dinheiro foi pedido por Janot ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, relator da Lava-Jato, pois há elementos de que os depósitos em conta foram com propina de contratos da Petrobras.
A medida é necessária, pois as averiguações sobre Cunha foram transferidas ao Brasil, pois havia risco do bloqueio dos suíços perder efeito. A Suíça trancou 9,6 milhões de reais. Do valor, 9 milhões de reais são do deputado e o resto da mulher, Cláudia Cruz. (Folhapress)