Sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de fevereiro de 2016
Em meio ao cenário de epidemia do vírus zika na América Latina e no Caribe, a Agência Internacional de Energia Atômica anunciou que transferirá ao Brasil a tecnologia necessária para esterilizar machos do Aedes aegypti, em uma tentativa de controle populacional do vetor na região. O equipamento será enviado para a biofábrica Moscamed Brasil, na Bahia. A instituição foi escolhida pela própria agência de energia nuclear das Nações Unidas e é a primeira biofábrica do mundo a utilizar a tecnologia de raios-x para esterilização de insetos e controle biológico de pragas.
O doutor em radioentomologia pelo Centro de Energia Nuclear Aplicada à Agricultura da Universidade de São Paulo e diretor-presidente da Moscamed, Jair Virgínio, explicou que a chegada de um irradiador gama de cobalto-60 vai permitir à biofábrica a produção de até 12 milhões de machos estéreis do Aedes aegypti por semana. Uma vez superados os procedimentos de desembaraço para a entrada do aparelho no País, sobretudo no que diz respeito às normas técnicas para equipamentos nucleares, a expectativa é que a produção em larga escala de machos estéreis seja iniciada até setembro. Já a liberação dos mosquitos está prevista para começar até o final do ano – inicialmente, em municípios com até 30 mil habitantes. (Paula Laboissière/ABr)