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Mundo Professora processa a Universidade Columbia após escândalo sexual

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Enrichetta Ravina pede 20 milhões de dólares de indenização à instituição de ensino americana após afirmar ter sido assediada pelo professor Geert Bekaert (detalhe). (Crédito: Reprodução)

Um novo escândalo de assédio sexual tomou os corredores da prestigiada Universidade Columbia, em Nova York, nos Estados Unidos, e continua dando o que falar. Uma professora entrou com um processo na Justiça americana acusando a instituição de retaliá-la após ela reclamar de supostos abusos de um tutor.

Docente na faculdade de negócios desde 2008, Enrichetta Ravina, 40 anos, pede 20 milhões de dólares (mais de 72 milhões de reais) por discriminação de gênero, assédio sexual e ambiente de trabalho hostil, entre outras acusações. A Columbia disse que não comenta processos judiciais pendentes, mas que trata “alegações de assédio com o máximo de seriedade”.

O episódio começou em 2009, quando o professor Geert Bekaert ofereceu ajuda à professora Enrichetta em seu projeto de estudo sobre investimentos para aposentadoria. Na Columbia desde 2000, ele havia trabalhado em uma empresa com um banco de dados valioso para a pesquisa. A colaboração avançou e, quando se tornou essencial ao projeto, Bekaert “começou a falar de pornografia, defender o uso de prostitutas e descrever suas façanhas sexuais”, segundo o processo.

“Ele queria ter uma relação íntima com Enrichetta, insistindo que se encontrassem fora do campus, tocando-a inapropriadamente, descrevendo-a como sensual e se dizendo atraído.”

Recusa do romance levou a sabotagem da pesquisa.

Diante das negativas de Enrichetta, o professor começou a sabotar a pesquisa, alega a acusação. “Quanto mais ela resistia, pior era o comportamento de Bekaert. Ele disse que, se ela fosse ‘mais gentil’, o trabalho poderia avançar mais rapidamente.” O docente nega a acusação. Diz que nunca foi superior hierárquico à colega e que fica perplexo com o que chama de tentativa dela de “destruir sua reputação”.

A professora afirma que recorreu a diferentes chefes na universidade. Em resposta, ouviu que fazia “drama” e seria prudente desistir da carreira acadêmica, segundo a ação. “Deixaram claro que não fariam nada para protegê-la.”

Colegas de Enrichetta teriam tentado interferir, mas foram ignorados. Os advogados da professora acrescentam que, com a insistência dela, a Universidade Columbia, então, a retaliou. Revogou uma licença remunerada e impôs prazos mais apertados do que a praxe.

Entre as 15 melhores universidades do mundo, a Columbia, com frequência, é envolvida em escândalos como este. Durante meses, entre 2014 e 2015, uma estudante protestou carregando pelo campus o colchão em que apontava ter sido estuprada por um colega, quando a instituição arquivou sua acusação.

O último relato de abuso ocorreu em 21 de março, no dormitório estudantil, segundo o sistema de alertas da universidade. Em novembro passado, outra estudante relatou ter sido estuprada por dois colegas dentro do campus.

Aulas sobre abordagem ao sexo oposto.

Columbia começou, há um ano, a impor aos estudantes aulas e palestras sobre respeito sexual pelo menos uma vez ao longo do curso, inclusive na pós-graduação. Um dos workshops pretende ensinar os alunos a diferenciar recusa de consentimento. Outro, intitulado “A Arte e a Ciência do Flerte”, promete ajudar os participantes “a decifrar a linguagem às vezes confusa da paquera”. (Folhapress)

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https://www.osul.com.br/professora-processa-a-universidade-columbia-apos-escandalo-sexual/ Professora processa a Universidade Columbia após escândalo sexual 2016-04-05
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