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Brasil Promotora se afasta do caso Marielle após a repercussão das postagens que fez em apoio a Bolsonaro

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Carmen Eliza Bastos de Carvalho com a camiseta da campanha. (Foto: Reprodução)

A promotora de Justiça Carmen Eliza Bastos de Carvalho pediu afastamento da investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A oficial teve sua imparcialidade questionada após a repercussão de fotos dela apoiando o presidente Jair Bolsonaro nas eleições.

“Em razão dos acontecimentos recentes, que avalia terem alcançado seu ambiente familiar e de trabalho, Carmen Eliza optou voluntariamente por não mais atuar no Caso Marielle Franco e Anderson Gomes, pelas razões explicitadas em carta aberta à sociedade”, informou o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro).

Na última terça-feira, (29), a TV Globo revelou que um porteiro do condomínio teria confirmado em dois depoimentos que teria sido o presidente Bolsonaro, então deputado federal, quem autorizou a entrada de Élcio de Queiroz no condomínio Vivendas da Barra, no Rio, em 14 de março de 2018, dia dos assassinatos da vereadora e do motorista. Após entrar no condomínio, com o carro usado no crime, Élcio dirigiu-se à casa de Ronnie Lessa.

No dia seguinte, Carmen e outras integrantes do MP-RJ anunciaram em uma entrevista que o depoimento do porteiro não condizia com a realidade e que uma perícia afastava essa hipótese.

Na quinta-feira (31), começaram a circular nas redes sociais imagens do perfil da promotora Carmen no Instagram demonstrando seu envolvimento com a campanha de Bolsonaro. “Há anos que não me sinto tão emocionada”, ela escreveu em 1º de janeiro, dia da posse do presidente. As imagens foram divulgadas pelo jornalista Leandro Demori, editor-chefe do site The Intercept Brasil, em sua conta no Twitter.

Carmen Eliza também foi fotografada ao lado do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), responsável por destruir uma placa feita em homenagem a Marielle, durante a corrida eleitoral. A promotora é uma das fundadoras do Movimento de Combate à Impunidade, criada por juízes e promotores. Um dos principais objetivos do movimento é discutir temas como a liberação de criminosos em audiência de custódia.

Nota de esclarecimento

Na nota de esclarecimento, a promotora alega que tem o direito de manifestar-se politicamente, pois, segundo ela, “o Promotor de Justiça não perde a sua qualidade de cidadão”. Segundo Carmem, ela apenas exerceu sua liberdade de expressão e que “é igualmente certo que a opção política de cada pessoa, a exemplo de suas ideologias, deve ser exercida no campo próprio, no legítimo exercício da cidadania”.

A promotora afirma na nota que sua opinião política, contudo, nunca teria influenciado nos casos em que atuou: “Durante toda a minha vida funcional, que exerço há 25 anos no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, jamais atuei sob qualquer influência política ou ideológica. Toda a minha atuação é pública e, portanto, o que afirmo pode ser constatado”.

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https://www.osul.com.br/promotora-que-fez-campanha-pro-bolsonaro-pede-afastamento-do-caso-marielle/ Promotora se afasta do caso Marielle após a repercussão das postagens que fez em apoio a Bolsonaro 2019-11-01
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