Domingo, 12 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de junho de 2016
A proposta das centrais sindicais de acabar com isenções previdenciárias reduziria o déficit da Previdência em cerca de 15% neste ano. As centrais defendem que o governo eleve a arrecadação da Previdência em vez de mudar as regras de acesso a benefícios, como vem estudando a equipe econômica.
As isenções para o agronegócio e entidades filantrópicas, que estão na mira das centrais, devem somar R$ 17,6 bilhões em 2016, conforme projeções do fórum que tratou do tema, ainda na gestão Dilma Rousseff.
Já o déficit esperado é de R$ 131 bilhões, segundo o Orçamento deste ano aprovado pelo Congresso, ou R$ 146 bilhões, segundo revisão feita pelo governo interino de Michel Temer. O relatório do fórum mostra que o fim de todas as isenções previdenciárias permitiria diminuir o déficit da Previdência em 30%, mas não interromperia o crescimento.
Sem todas as isenções, o buraco projetado para 2016 cairia para R$ 92 bilhões, ainda um pouco acima do verificado em 2015, R$ 86 bilhões. O aumento seria equivalente à inflação prevista para o ano. Para chegar a esse resultado, seria necessário acabar com os benefícios para todos os microempresários do Simples, uma renúncia estimada em R$ 20,6 bilhões neste ano.
E ainda tirar o incentivo para microempreendedores individuais e donas de casa contribuírem com o INSS, renúncia de R$ 1,3 bilhão. O fim da renúncia para o agronegócio e para microempreendedores foi cogitado pelo governo anterior, que não fechou uma proposta. O fórum de discussões também foi abandonado após o afastamento de Dilma.
Os sindicalistas também vão sugerir a venda de imóveis que não são usados pelo INSS, algo que já vem sendo feito nos últimos anos, e uma fiscalização mais eficiente das empresas inadimplentes. (Folhapress)