Domingo, 28 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de janeiro de 2016
Entidades que representam as operadoras dos planos de saúde reagiram à proposta apresentada pelos governadores, que querem receber uma compensação pelos atendimentos prestados no SUS (Sistema Único de Saúde). Hoje, vários procedimentos dos clientes de planos são feitos na rede pública, mas só a União, por meio da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), pode fazer a cobrança. Entre outros pontos, as entidades dizem que mudanças poderão levar ao aumento dos preços cobrados dos clientes. E que é direito de todos, independentemente de terem plano ou não, serem atendidos na rede pública.
“É importante destacar que os custos na saúde tem aumentado reiteradamente, e o ressarcimento ao SUS compõe parte dos custos gerais das operadoras de saúde. Eventuais alterações no sistema de arrecadação poderão impor novos custos administrativos e operacionais às empresas, com consequente impacto nos preços aos beneficiários”, destacou a Associação Brasileira de Medicina de Grupo.
Especialistas em saúde pública defendem que haja algum tipo de ressarcimento, mas criticaram a proposta apresentada pelos Estados. Eles destacam que o dinheiro arrecadado com a medida é pouco, frente aos recursos necessários para financiar a saúde. O orçamento do Ministério da Saúde para 2016 (sem contar os gastos de Estados e municípios) é de 118,4 bilhões de reais. (AG)