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Mundo Protestos afetam a economia do Chile e o governo rebaixa a previsão de crescimento

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Vítimas foram atingidas por balas de borracha ou chumbo disparadas por policiais durante as manifestações, iniciadas há menos de um mês. (Foto: Reprodução de TV)

Recém-empossado, o novo ministro das Finanças do Chile, Ignacio Briones, disse nesta segunda-feira (4) que a economia do país provavelmente crescerá entre 2% e 2,2% em 2019, uma redução em relação aos 2,6% estimados anteriormente depois de mais de duas semanas de protestos na nação andina.

“Vemos o crescimento no final do ano recuar de nossa estimativa anterior de 2,6% a uma faixa de 2% a 2,2%”, disse Briones no palácio presidencial La Moneda.

Em uma entrevista concedida mais cedo, Briones disse que nas próximas semanas os indicadores econômicos revelarão o impacto total dos protestos. Ele afirmou que o índice de atividade econômica Imacec do mês de outubro provavelmente ficará entre 0% e -0,5% devido aos tumultos que o país testemunhou na última quinzena – em setembro, o crescimento foi de 3%.

Briones, nomeado em uma reforma ministerial do presidente Sebastián Piñera na semana passada, disse em uma entrevista ao Canal 13 que só a coleta do Imposto de Valor Agregado caiu um quarto na semana passada. “No Chile, há um antes e um depois que teremos que computar em tudo”, disse.

O Imacec abarca aproximadamente 90% da economia calculada com cifras do Produto Interno Bruto (PIB).

Protestos

Os tumultos foram desencadeados por um aumento nas tarifas do metrô, mas refletiram uma revolta muito maior e já antiga com a incapacidade do governo de alterar o curso econômico do país apesar da desigualdade crescente.

Os distúrbios, incêndios criminosos e protestos contra a desigualdade resultaram em ao menos 18 mortos e sete mil presos, disseram os procuradores do país. Os negócios chilenos perderam mais de 1,4 bilhão de dólares, e o metrô sofreu danos de quase 400 milhões de dólares.

O Chile é um dos países mais ricos da América Latina, mas também está entre os mais desiguais. As frustrações com o custo de vida alto em Santiago se tornaram um motivo de tensão política e provocaram clamores por reformas abrangentes, dos códigos tributário e trabalhista ao sistema previdenciário.

Mudança na Constituição

O presidente Sebatian Piñera cancelou a organização da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) e a COP-25, cúpula do clima da ONU, previstas para este mês no Chile, devido à crise e diz que prefere realizar “um diálogo amplo”.

Segundo uma pesquisa realizada pelo instituto de pesquisas Cadem e divulgada no domingo, 87% da população apoia a mudança da atual Constituição.

Piñera paga pelos erros na gestão da crise desde o primeiro dia de protestos com uma queda acentuada da sua popularidade, hoje em 13% – o menor índice de aprovação de um chefe de Estado desde o retorno da democracia no Chile.

Em um final de semana frenético, com saques a supermercados, incêndios de infraestruturas e excessos, o presidente decretou estado de emergência, enviou militares às ruas e impôs um toque de recolher, medidas que não eram tomadas desde a época da ditadura de Pinochet.

tags: economia

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https://www.osul.com.br/protestos-afetam-a-economia-do-chile-e-o-governo-rebaixa-a-previsao-de-crescimento/ Protestos afetam a economia do Chile e o governo rebaixa a previsão de crescimento 2019-11-04
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