Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 3 de janeiro de 2016
Um acadêmico e uma deputada francesa publicaram na internet o famoso “Diário de Anne Frank”, em versão holandesa, contrariando a vontade do fundo responsável pela obra da jovem judia. “Anne Frank morreu em 1945 (no campo de concentração de Bergen-Belsen). Portanto, em 1 de janeiro de 2016, seu livro passa a ser de domínio público”, considerou o acadêmico Olivier Ertzscheid, pesquisador do campo da informação.
Em conformidade com uma norma europeia de 1993, a legislação francesa estabelece que uma obra passa para domínio público no dia 1 de janeiro que se segue aos 70 anos da morte de seu autor, “ou do último autor vivo”.
“Para este texto, este testemunho, pelo que representa (…) estou convencido de que não há outra batalha a lutar a não ser sua liberação (…)”, escreveu o acadêmico em seu blog, como preâmbulo à publicação da integralidade do diário. Ele lembra que, neste mesmo 1 de janeiro de 2016, os direitos do libelo antissemita de Adolf Hitler “Minha luta” (“Mein Kampf”, no original em alemão) entraram no domínio público.
Desde que anunciaram sua intenção de publicar a obra, ambos receberam uma carta do Fundo Anne Frank. No documento, pede-se que os dois desistam da publicação e se ameaça adotar ações legais. (Folhapress)