Domingo, 28 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 18 de dezembro de 2015
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu pela primeira vez a presença de especialistas militares russos no Leste da Ucrânia. Falando a jornalistas em sua grande entrevista coletiva anual, Putin disse ainda que a Rússia está disposta a convencer os separatistas pró-Moscou de que é necessário um acordo a fim de alcançar uma solução política para o conflito na região. E reservou as palavras mais duras para a Turquia.
Perguntado por um repórter ucraniano sobre dois oficiais de inteligência militares russos capturados por Kiev e atualmente em julgamento na Ucrânia, o presidente disse: “Nós nunca dissemos que não havia pessoas realizando certas tarefas, incluindo na esfera militar”, afirmou. Mas isso não significa que haja tropas russas (regulares) lá. Putin também assegurou prever a piora das relações comerciais com a Ucrânia, mas disse que a Rússia imporia sanções sobre Kiev relacionadas com o seu acordo comercial com a União Europeia.
Em outro momento da entrevista coletiva, realizada em Moscou, Putin garantiu que a Rússia nunca concordaria com qualquer força externa decidindo sobre quem deve governar a Síria. O governante ainda voltou a defender uma solução política como a única maneira de resolver o conflito, que já dura quase cinco anos, no país.