Domingo, 18 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 22 de março de 2023
O presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou nesta terça-feira (21) “responder”, se Londres fornecer à Ucrânia munições carregadas com urânio empobrecido, após declarações nesse sentido de uma autoridade britânica.
“Hoje soubemos que o Reino Unido anunciou não apenas a entrega de tanques à Ucrânia, mas também projéteis com urânio empobrecido. Se isso acontecer, a Rússia se verá obrigada a responder”, disse Putin.
O que é urânio empobrecido
O urânio empobrecido é um subproduto do processo de enriquecimento do urânio natural para obter o isótopo 235 U, que é usado em reatores e armas nucleares.
Ele é composto principalmente pelo isótopo 238 U, que é de difícil fissão (quebra de um núcleo de átomo) e menos radioativo que o urânio natural. O material tem alta densidade e resistência, por isso é empregado para fins militares.
As armas que usam urânio empobrecido são projéteis ou munições que contêm esse metal em sua ponta ou núcleo. Essas armas são capazes de perfurar blindagens e estruturas de aço com facilidade, pois se inflamam ao entrar em contato com o ar e liberam fragmentos de urânio empobrecido no ambiente.
Essas armas são controversas por causa dos possíveis efeitos nocivos da exposição à radiação e à toxicidade do urânio empobrecido para a saúde humana e o meio ambiente.
União Europeia
Em outra frente, ministros das Relações Exteriores de países da União Europeia (UE), reunidos em Bruxelas na segunda-feira (20), chegaram a um acordo para desbloquear 2 bilhões de euros (R$ 11 bilhões) para fornecer o enorme volume de munição solicitado pela Ucrânia e aumentar a produção no bloco, disseram diplomatas.
Os ministros aprovaram um plano de três etapas para entregar um milhão de munições de 155 mm à Ucrânia, restaurar estoques estratégicos nacionais e expandir a capacidade de produção da indústria de defesa do bloco, de acordo com diplomatas de cinco países.
O governo ucraniano já havia alertado repetidamente que suas tropas devem racionar seu poder de fogo, em um momento marcado pelo desgaste da guerra.
Fontes diplomáticas indicam que a Ucrânia precisa de cerca de 350 mil projéteis por mês para conseguir conter o avanço russo e planejar contraofensivas ainda este ano. No entanto, os países da UE estão com arsenais muito baixos, o que fez soar um alerta no bloco.
Os ministros europeus, portanto, discutiram estratégias para montar e abastecer a Ucrânia com um milhão de projéteis nos próximos 12 meses e repor as reservas estratégicas do bloco. As informações são do portal de notícias G1 e da agência de notícias AFP.