Armando Burd Quando a pressa é necessária
Por Redação O Sul | 11 de setembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, manteve-se fiel ao ditado “não deixe para amanhã o que podes fazer hoje”. Na porta de seu gabinete, vale acrescentar o cartaz: “Há expediente no final de semana”. Como ainda terá muito trabalho para sanear crimes contra os cofres públicos, o aviso permanecerá por um bom tempo.
Mega sem mordomia
Hoje é o Dia de Fazer a Própria Cama. O incentivo à prática, não deixando para outros a tarefa, surgiu nos Estados Unidos e se espalhou como evento anual. Por coincidência, pela primeira vez, o mega-empresário Joesley Batista não pode delegar o gesto simples a empregados, como sempre fez. Arruma hoje a sua cama na carceragem da Polícia Federal de São Paulo e continuará repetindo em Brasília.
Méritos
Douglas Fischer, procurador da República e braço direito de Rodrigo Janot, está retornando a Porto Alegre. Foi fundamental nas investigações dos desvios que abalaram o País. Pós-graduado, autor de tratados de Criminologia, ocupará agora sua mesa na sede gaúcha da Procuradoria Federal. Muitos corruptos, que atuam no Centro do País, pretendem respirar um pouco aliviados.
Perdendo a paciência
Deputados estaduais da base aliada estão cansados da cobrança pelos atrasos nos pagamentos do governo. A melhoria da situação financeira, ainda que temporária, irá depender de negociação com a União. Só ocorrerá quando a Assembleia Legislativa debater e votar projeto específico, que está atrasado, sobre garantias exigidas por Brasília.
O Estado do Rio de Janeiro, outro que decretou estado de calamidade financeira, já assinou o acordo com o governo federal na semana passada e começa a pagar em dia o que deve.
Só piorou
Faltando 12 dias para a sanção do novo Código Brasileiro de Trânsito, o engenheiro Armindo Beux, especialista no setor, escreveu a 11 de setembro de 1997:
“A desenfreada e descontrolada frequência dos acidentes de trânsito no Brasil, nos últimos anos, situa-nos cada vez mais na posição de campeões mundiais do genocídio motorizado. Além das mortes no trânsito, há avultados casos de mutilados, feridos e de catastróficos danos materiais, que destroçam veículos, cargas preciosas, danificando as próprias rodovias e, até mesmo, destruições causadas com as cargas perigosas que são transportadas e esparramadas. Atualmente, mais de 36 mil morrem por ano no trânsito. Espera-se que o novo Código dê uma trégua.”
Passados 20 anos, o número anual de mortos no trânsito do país subiu para 50 mil.
Há 75 anos
A 11 de setembro de 1942, a Comissão de Defesa Antiaérea da Segunda Guerra Mundial publicou orientações sobre a experiência de escurecimento do Centro de Porto Alegre, entre 22h e 23h. Dado o alarme por sirenes, em cinco minutos seriam desligadas a iluminação pública e residencial. As ruas deveriam ficar desertas. Os veículos precisariam parar, apagando os faróis. Havia um forte temor de ataques aéreos das forças do Eixo.
Atualíssimo
O estadista Osvaldo Aranha, ao examinar o panorama político na década de 1930, definiu: “É um deserto de homens e idéias”.
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