Quinta-feira, 28 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 28 de agosto de 2025
O petista (foto) criticou o comportamento do mandatário americano e disse que não há mais espaço para o "imperador" no mundo
Foto: Ricardo Stuckert/PRO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (28), que “o Lulinha paz e amor” vai estar disponível para conversar quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quiser falar sobre o tarifaço.
O petista criticou o comportamento do mandatário americano e disse que não há mais espaço para o “imperador” no mundo. As declarações foram feitas durante entrevista ao programa Balanço Geral MG, da Rede Record.
“Ninguém pode dizer que eu não quero negociar. O problema é que os americanos não querem negociar. São três ministros de alto nível para negociar [Geraldo Alckmin, Fernando Haddad e Mauro Vieira]. Só que ninguém dos Estados Unidos quer conversar”, disse Lula.
“O presidente americano se acha dono do planeta. Ele acha que pode afirmar o que ele quiser e os outros têm que obedecer. E ficam dizendo: ‘Ah, o Lula tinha que ligar’. Eu não.” O presidente afirmou que “há muito tempo aprendeu a andar de cabeça erguida” e que “um homem digno não rasteja diante de outro”.
Também ressaltou que o presidente americano sequer lhe enviou uma carta e ainda criticou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), pelas declarações que este havia feito contra ele. “Se ele estudasse um pouco, se ele deixasse de querer ser um falso humilde e bater o pé na verdade, ele ia saber que nós temos outro mecanismo para vender nossos produtos”, continuou Lula.
“No começo do século, as exportações americanas significavam 20% das exportações brasileiras. Hoje significam 12%. Desses 12%, só 4% foram taxados, sabe, acima da média.”
O petista afirmou ainda que o comércio brasileiro com a China é o dobro do realizado com os Estados Unidos – são US$ 160 bilhões contra US$ 80 bilhões. Segundo ele, enquanto a relação com os chineses gera um superávit de mais de US$ 30 bilhões, com os norte-americanos o saldo é deficitário, acumulando, em 15 anos, cerca de US$ 410 milhões em perdas. (Com informações de O Estado de S.Paulo)