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Brasil Quase 70% das vagas de residência em medicina da família não têm interessados

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Especialidade é a primeira opção de menos de 2% dos recém-formados. (Foto: Reprodução)

O programa Mais Médicos, criado em 2013 para suprir o déficit de profissionais na saúde pública e mudar a formação da área, ainda não conseguiu cumprir uma de suas propostas: a de atrair o médico recém-formado para a atenção básica. Dados de um levantamento divulgado no início do ano mostram que a medicina de família e comunidade, especialidade que capacita para o trabalho das vagas do Mais Médicos, é a primeira opção de menos de 2% dos recém-formados.

Uma das consequências dessa falta de interesse é que, em 2017, cerca de dois terços das vagas de residência oferecidas na área não foram preenchidas, segundo um cruzamento de dados entre os resultados do estudo e números o¡ciais divulgados pelo Ministério da Educação.

Coordenado por um professor da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), o estudo “Demografia Médica no Brasil 2018” ouviu 4.601 médicos formados entre 2014 e 2015. Para esta pergunta sobre residência, 3.441 apontaram suas preferências e somente 58 médicos recém-formados (1,68%) disseram que queriam se especializar em medicina de família.

No início do Mais Médicos, a medicina de família representava apenas 6,2% das vagas de residência. Segundo dados obtidos pelo MEC, desde 2013, o número de vagas autorizadas mais que triplicou: foi de 991 vagas anuais em 2013 para 3.587 em 2018.

Após passar pela graduação, que dura seis anos, o médico recém-formado pode optar por seguir para a residência médica, se especializar na área acadêmica, com cursos de mestrado e doutorado voltado a pesquisas, ou atuar imediatamente como médico – nesse último caso, o Brasil segue caminho contrário a muitos países, como o Canadá, que só permitem que um médico trabalhe sem supervisão após a conclusão da residência.

O estudo sobre a demografia médica mostra que fazer a residência é a opção de 2.579 entrevistados (80,2% dos 3.463 que responderam a esta pergunta).

No entanto, entre as 23 residências com acesso direto para os graduados, a formação específica em medicina de família é a 12ª mais apontada como primeira opção pelos 3.441 entrevistados.

No início do Mais Médicos, a medicina de família representava apenas 6,2% das vagas de residência. Segundo dados obtidos pelo MEC, desde 2013, o número de vagas autorizadas mais que triplicaram: foram de 991 vagas anuais em 2013 para 3.587 em 2018.

O número parece expressivo, mas o espaço ocupado pela medicina da família nas vagas de residências médicas autorizadas só chegou a 13,8% em 2018. As estratégias, durante o período, tiveram resultado limitado.

Proporcionalmente, se em 2017 foram abertas 24.807 vagas em residências médicas no País, o número de vagas da residência em medicina de família deveria ter sido de mais de 9,9 mil, para poder cumprir a meta. No entanto, só 3.214 foram autorizadas. O Ministério da Educação explicou que a expansão esbarrou em problemas estruturais e que as metas estão sendo reavaliadas.

 

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https://www.osul.com.br/quase-70-das-vagas-de-residencia-em-medicina-da-familia-nao-tem-interessados/ Quase 70% das vagas de residência em medicina da família não têm interessados 2018-12-03
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