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Mundo Quase metade dos 50 Estados americanos adotou ou vai adotar ações para retomar, ao menos parcialmente, as atividades econômicas e sociais, mesmo com o país registrando mais de 1 milhão de casos e mais de 62 mil mortes

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Manifestantes contra o isolamento social, parte deles armada, protestam na Assembleia estadual de Michigan. (Foto: Seth Herald/Reuters)

No dia em que expiraram as diretrizes da Casa Branca para o distanciamento social e restrições a atividades não essenciais, quase metade dos 50 estados americanos anunciou que adotou ou vai adotar ações para retomar, ao menos parcialmente, as atividades econômicas e sociais, mesmo com o país registrando mais de 1 milhão de casos e mais de 62 mil mortes.

As ações vão desde a reabertura de parques, como em Nova Jersey segundo estado com o maior número de casos, 110 mil, e mortes, 6,7 mil , até a retomada parcial do comércio, incluindo restaurantes e shoppings, como no Texas.

Na entrevista coletiva de quinta-feira, o presidente Donald Trump não mencionou diretamente as restrições, mas aproveitou para anunciar ações destinadas a pessoas idosas, um dos principais grupos de risco. Há alguns dias, Trump disse que defenderia essa parcela da população, que, por enquanto, não tem recomendação de voltar às ruas.

Tantas pessoas morreram, é uma experiência muito ruim. O que queremos é que o vírus vá embora, que nossa economia volte a crescer, que as pessoas assistam ao futebol, basquete, beisebol, sem o risco de ficarem muito doentes”, afirmou.

Ao responder a perguntas dos jornalistas, Trump mirou especialmente na China, acusada pelo governo americano de não adotar medidas adequadas para conter o avanço da doença. Trump voltou a afirmar que o coronavírus surgiu em um laboratório de Wuhan, cidade onde foram registrados os primeiros casos — embora serviços de inteligência tenham dito que o vírus não foi criado pelo homem nem geneticamente modificado — e disse ter “visto provas”, mas se recusou a mostrá-las.

Não posso te dizer isso, não tenho permissão”, afirmou. “Vamos ver de onde ele vem, há muitas teorias.”

As diretrizes de distanciamento social da Casa Branca foram anunciadas em março, inicialmente sem muito apoio de Trump, que depois admitiu sua necessidade. No dia 29 daquele mês, acabaram ampliadas até quarta, quando expiraram.

Mesmo quando o próprio Trump sinalizava que os EUA enfrentavam seu pior momento na pandemia, ele não escondia sua frustração com o impacto da Covid-19 na economia, principal bandeira de sua campanha à reeleição. Diante da queda de sua popularidade nas pesquisas, ele inclusive prometeu retomar as viagens pelo país já na semana que vem.

Esta semana foi anunciado que o PIB dos EUA no primeiro trimestre caiu 4,8% em relação ao mesmo período de 2019, algo que para o presidente pode ter efeito não apenas na vida dos americanos, mas também em sua intenção de permanecer por mais quatro anos na Casa Branca. O número de novos pedidos de seguro-desemprego nas últimas semanas ultrapassou os 30 milhões.

Por isso, Trump insiste na ideia de uma retomada gradual das atividades em regiões que, na avaliação da Casa Branca, não apresentam números tão graves. Era o caso das Dakotas do Norte e do Sul, que já planejam eventos públicos este fim de semana.

Depois de tentar interferir nas políticas dos estados, o presidente passou a deixar claro que cada região tomaria suas decisões. Na quarta, chegou a dizer que as restrições “estavam desaparecendo” por causa dos governadores.

Na Geórgia, onde os casos chegam a 24 mil, o governador republicano Brian Kemp permitiu que negócios como estúdios de tatuagem, salões de beleza e mesmo restaurantes possam reabrir gradualmente até a semana que vem. As ações foram criticadas por vários prefeitos e até por Trump, que disse “não concordar” com a decisão de seu colega de partido.

Situação parecida ocorre no Texas, onde vários estabelecimentos começam a ser abertos hoje — o estado registra 27 mil casos e não há sinais de que a curva esteja diminuindo. Estados como Alabama, Maine, Tennessee, Wyoming, Oklahoma, Alaska, Montana e Carolina do Sul também devem ampliar o número de estabelecimentos e serviços abertos. Apesar do aparente aval do governo federal, o principal infectologista da força-tarefa da Casa Branca para o coronavírus, Anthony Fauci, fez um alerta: uma ação prematura dos estados pode colocar os EUA “no mesmo barco em que estávamos há algumas semanas”.

Protestos cada vez mais numerosos contestam as medidas de restrição. No Michigan, centenas de manifestantes fizeram um ato contra a governadora Gretchen Whitmer e contra o projeto para estender o estado de emergência, invadindo a Assembleia estadual. Parte deles portava armas. As medidas de distanciamento e restrições sociais permanecerão válidas até o dia 15 de maio. As informações são do jornal O Globo.

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