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Mundo Que tal fazer turismo na Coreia do Norte? O governo do país mais fechado do mundo aposta, ironicamente, no turismo

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Na saída do país, os policiais verificam as imagens nas câmeras, computadores, cartões de memória, pen drives e discos rígidos de todos os estrangeiros. O que lhes parecer impróprio é apagado. (Foto: Reprodução)

O governo do país mais fechado do mundo aposta, ironicamente, no turismo para atrair moeda forte. As lojas estatais da Coreia do Norte que atendem turistas aceitam yuans (o dinheiro chinês), dólares e euros. Os funcionários já sabem as taxas de conversão de cabeça e dão troco em moeda estrangeira. Vinte agências estatais fazem a recepção dos turistas estrangeiros e os tours. A maior delas tem oitenta funcionários.

 

Dos atuais turistas, 90% são chineses. Os restantes são na maioria alemães, franceses, australianos e japoneses. O regime tenta equilibrar a necessidade de atrair moedas fortes com a de evitar que os estrangeiros entrem no país (ou saiam dele) com informações “perniciosas”. Ao comprar os pacotes, os turistas são avisados de que não podem levar teleobjetivas (lentes fotográficas de aproximação), publicações, símbolos americanos e qualquer conteúdo que possa ser considerado ameaçador.

É proibido fazer imagens de militares e desaconselhável fotografar pessoas de perto. Os motoristas dos ônibus se recusam a parar durante os percursos do hotel aos pontos turísticos. Pedidos para caminhar nas ruas, mesmo trajetos curtos com os guias, são recebidos com suspeição. Árvores grandes foram plantadas na beira das estradas para evitar o registro de cenas de trabalhadores rurais trabalhando com as mãos nuas, ferramentas rudimentares ou tratores obsoletos.

Na saída do país, os policiais verificam as imagens nas câmeras, computadores, cartões de memória, pen drives e discos rígidos de todos os estrangeiros. O que lhes parecer impróprio é apagado. A inspeção é mais rigorosa no aeroporto. Na estação de trem de Sinuiji, na fronteira com a China, o foco maior é nas mercadorias.

Filme

A Coreia do Norte produziu um filme sobre a viagem do líder Kim Jong-un a Cingapura para a cúpula com o presidente americano, Donald Trump, enaltecendo a imagem do líder, como de costume, mas também revelando uma intenção que até então não era tão explícita por parte do regime: o desenvolvimento econômico.

Com 42 minutos, o filme “Encontro histórico que abre nova história entre a República Popular Democrática da Coreia e os Estados Unidos” foi transmitido pela TV estatal norte-coreana na quinta-feira. A obra mostra os principais momentos da viagem de três dias de Kim à cidade-Estado, incluindo as negociações com Trump e as visitar aos pontos turísticos de Cingapura.

O forte controle da mídia estatal norte-coreana normalmente dá pouco espaço à exposição de imagens do exterior. Há anos, a mídia exalta os êxitos do regime, bem como a imagem da dinastia Kim, desafiando orgulhosamente os Estados Unidos e seus aliados, mesmo em meio à situação precária em que vive a população.

No entanto, o filme faz vários elogios à próspera e capitalista Cingapura, louvando a “bela, limpa e avançada” nação e sugerindo que a cidade-Estado tinha muitas lições a oferecer. Cingapura é conhecida tanto pelo avanço econômico quanto pelo modelo político autoritário, uma combinação que parece ser a mesmo que Kim almeja.

“Nosso companheiro Líder Supremo disse que está ansioso para aprender o conhecimento excelente e as experiências em vários campos do nosso país”, teria dito Kim a dirigentes de Cingapura, conforme narrou a âncora da mídia estatal norte-coreana.

Mensagem

Kim recebeu informações sobre planejamento urbano e elogiou a capacidade de manuseio de cargas de “nível global”, além dos portos bem equipados e a economia cingapurense.

Analistas dizem que o filme destaca a promessa de Kim de fazer da economia uma prioridade, após o regime anunciar que alcançou o nível tecnológico desejado para dar por concluído seu programa nuclear. Kim anunciou a mudança de foco no Congresso do Partido dos Trabalhadores, que rege a Coreia do Norte, em abril, abandonando a busca pelo desenvolvimento nuclear implementada desde que assumiu o poder em 2011 para se concentrar no desenvolvimento da nação.

 

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