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Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2016
O Brasil teve em 2015 um aumento de 27,5% no número de queimadas, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Foram detectados por satélites 235 mil pontos de calor, ante 184 mil em 2014. Trata-se do segundo pior ano de toda a série histórica, iniciada em 1999.
O número de focos de incêndio em 2015 só é menor do que o registrado em 2010, quando houve 249 mil pontos detectados. Para o pesquisador Alberto Setzer, responsável no Inpe pelo monitoramento de queimadas no País, alguns fatores como o tempo seco, a falta de fiscalização e o aumento do desmatamento ajudam a explicar os dados.
“Foi um ano mais seco. Grande parte do País conviveu com uma estiagem prolongada. Poucas semanas atrás ainda havia o problema da fumaça em Manaus e várias cidades do Pará devido às queimadas tardias”, afirma Setzer.
O pesquisador do Inpe aponta ainda uma alta na taxa de desmatamento da Amazônia como fator fundamental para o aumento dos focos, já que o fogo é utilizado para eliminar as árvores. O Pará foi o campeão de focos de incêndio em 2015: 44.794. Logo atrás aparecem Mato Grosso, com 32.984, e Maranhão, com 30.066. A expectativa é que, neste ano, o número de queimadas volte a cair. Em parte, segundo Setzer, ao que se pode chamar de “ciclo do fogo”. (AG)
Número de focos de incêndio em 2015 por unidade da Federação:
Pará – 44.794
Mato Grosso – 32.984
Maranhão – 30.066
Bahia – 18.373
Tocantins – 17.367
Amazonas – 15.137
Piauí – 14.712
Rondônia – 14.373
Minas Gerais – 10.593
Goiás – 6.849
Acre – 5.493
Mato Grosso do Sul – 5.304
Ceará – 3.419
Amapá – 2.643
Paraná – 2.185
Roraima – 2.056
São Paulo – 1.984
Rio Grande do Sul – 1.450
Pernambuco – 1.082
Espírito Santo – 1.026
Santa Catarina – 923
Rio de Janeiro – 664
Alagoas – 590
Paraíba – 586
Rio Grande do Norte – 439
Sergipe – 299
Distrito Federal – 172