Terça-feira, 27 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 26 de maio de 2025
Brigitte Macron, a primeira-dama da França, voltou às manchetes internacionais nessa segunda-feira (26), depois que a imprensa registrou um ‘tapa’ dela no rosto do marido, Emmanuel Macron, quando os dois chegavam para uma visita oficial ao Vietnã. Não é a primeira vez que a francesa, de 72 anos, vê seu nome envolvido em polêmica.
Desde 2017, ano da eleição do marido, teorias conspiratórias nas redes sociais afirmam, regularmente, que Brigitte seria, na verdade, uma mulher transgênero, cujo nome de nascimento é Jean-Michel.
Em setembro do ano passado, duas mulheres foram condenadas por cumplicidade na difamação pública desses rumores transfóbicos sobre a primeira-dama.
Ofensas do antigo governo brasileiro
Em 2019, o nome de Brigitte dominou as redes sociais no Brasil quando o então presidente, Jair Bolsonaro, respondeu de forma desrespeitosa o post de um apoiador que comparava a primeira-dama francesa com Michelle Bolsonaro.
“Não humilha, cara. kkkk”, escreveu Bolsonaro sobre uma foto mostrando os dois casais com o comentário: “Entende agora porque Macron persegue Bolsonaro?”.
Dois dias depois, com a grande repercussão do print do comentário, que foi apagado depois pelo presidente brasileiro, Emmanuel Macron respondeu:
“O que eu posso dizer? É triste. Eu penso que as mulheres brasileiras têm, sem dúvida, vergonha de ler isso de seu presidente. Como tenho uma grande amizade e respeito pelo povo brasileiro, espero que eles rapidamente tenham um presidente que se comporte à altura”.
A própria Brigitte se pronunciou sobre o caso depois. Em português, ela agradeceu às mensagens de apoio que recebeu de brasileiros. Duas semanas depois, o então ministro da Economia do governo, Paulo Guedes, falou sobre a polêmica e ofendeu novamente a primeira-dama: “A mulher é feia mesmo”.
Brigitte foi professora de Macron
Emmanuel e Brigitte Macron se conheceram quando o presidente francês ainda era menor de idade. Os dois têm uma diferença de idade de 24 anos e a francesa era sua professora de teatro na escola em que ele estudava em Amiens.
Aos 17 anos, Emmanuel disse à atual esposa que iria casar com ela algum dia. Em 2007, cumpriu a promessa. Na época que se conheceram, Brigitte Trogneux, herdeira de uma empresa de chocolates conhecida por seus macarons, era casada com o banqueiro André Auzière e já tinha três filhos.
Em sua cerimônia de casamento, o próprio Macron comentou que eles não formam “um casal muito comum, muito normal – não que eu goste muito deste adjetivo – mas é um casal que existe”.
Brigitte como primeira-dama
Brigitte demitiu-se de seu emprego como professora após o marido assumir como ministro da Economia, em 2014, e tornou-se sua conselheira.
Segundo a imprensa francesa, ela tem o crédito de ter influenciado a visão do marido sobre mulheres na política. Em uma entrevista à revista “Vanity Fair”, antes de chegar à Presidência, ele disse que ela teria papel ativo em seu governo.
“Se eu for eleito – não, desculpe, quando nós formos eleitos – ela vai estar lá, com um papel e um lugar para ocupar. Ela terá uma presença, ela terá voz, uma visão das coisas. Ela estará do meu lado, como sempre esteve, mas ela também terá um papel público”, afirmou.
Durante a campanha das eleições presidenciais, caricaturas fizeram piada às custas do casal, mostrando Macron como um estudante que recebe instruções de sua mulher.
Marine Le Pen, líder da extrema direita da França e rival de Macron nas urnas, também fez provocações sobre a origem do relacionamento do casal durante um debate na TV. Olhando para suas anotações, sorriu sarcasticamente e disse: “Sr. Macron, vejo que está tentando jogar professor e aluno comigo, mas esta não é a minha”.
Em 2023, a primeira-dama denunciou um ataque contra um sobrinho-neto, que foi espancado do lado de fora da loja de chocolates de sua família, aparentemente com motivação política.